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Ostras tropicais cruas como fonte de Vibrio parahaemolyticus multirresistentes

O presente estudo objetivou determinar o perfil de suscetibilidade a antimicrobianos de cepas de Vibrio parahaemolyticus oriundas de ostras “in natura” e congeladas comercializadas em Fortaleza-Brasil. Oitenta e sete (87) cepas foram submetidas ao antibiograma com emprego de nove antibióticos: gentamicina (Gen 10 µg), ampicilina (Amp 10 µg), penicilina G (Pen 10U), ciprofloxacin (Cip 5 µg), cloranfenicol (Clo 30 µg), ácido nalidíxico (Nal 30 µg), tetraciclina (Tet 30 µg), vancomicina (Van 30 µg) e eritromicina (Eri 15 µg). Todas as cepas mostram-se resistentes a pelo menos um antibiótico, e 85 (97,7%) apresentaram multirresistência, com predomínio do perfil Van+ Pen+Amp (n = 46). Foi detectada resistência plasmidial a Pen, Amp e Eri. Dessa forma, o risco que o consumo de ostras cruas representa para a saúde dos consumidores merece ser destacado, uma vez que esses bivalves podem ser veículos de transmissão de micro organismos multirresistentes a fármacos antibacterianos.


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