Camundongos isentos de germes (GF) e convencionais (CV) foram alimentados com rações contendo 4,4, 13,2 ou 26,4% de proteína (peso/peso). Os camundongos CV alimentados com ração baixa em proteína não ganharam peso durante quatro semanas, enquanto a ração deficiente em proteína não afetou o crescimento dos camundongos GF. Após quatro semanas nessas rações, os camundongos foram inoculados com 5x103 tripomastigotos de Trypanosoma cruzi. A deficiência em proteína afetou menos os camundongos GF do que os CV, segundo os seguintes parâmetros: ganho em peso, hemoglobina, níveis em proteína e albumina no plasma e conteúdos em água e proteína na carcassa. A infecção com T. cruzi produziu um decréscimo significante nos níveis em hemoglobina, na contagem de células vermelhas sanguíneas e nos conteúdos em água e proteína na carcassa. Este descréscimo foi mais acentuado nos camundongos GF. Histopatologicamente, não houve diferença entre os tratamentos nos animais com o mesmo estatuto microbiológico (GF ou CV). Contudo, a doença foi mais grave nos camundongos GF do que nos CV.