Um grupo de 1.288 indivíduos, residentes em Salvador, Bahia, Brasil, foi examinado para a determinação de anti-HBs, utilizando-se a técnica do radioimunoensaio. Os resultados foram analisados de acordo com a idade, o sexo e o nível de renda. Uma prevalência de anti-HBs de 11,8% foi observada, variando de 6,7% nas crianças com idade inferior a três anos, a 26,1% para aqueles com idade superior a 30 anos. A prevalência de anti-HBs foi similar em indivíduos do sexo masculino e feminino. Aqueles com nível de renda mais alto tiberam prevalência de anti-HBs maior que o grupo de renda baixa. Dos resultados conclui-se: a alta prevalência de anti-HBs em crianças sugere o contato precoce com o vírus da hepatite B, possivelmente relacionado com a transmissão vertical e a disseminação intraíamiliar do vírus; a freqüência de anti-HBs aumentou com a idade; a baixa prevalência de anti-HBs entre aqueles com baixo nível sócio-econômico sugere que neste grupo pode ser alta a prevalência de portadores do vírus B da hepatite.