O acometimento adrenal pelo Paracoccidioides brasiliensis é descrito em necropsias e em estudos clínicos, mas apenas em adultos. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a função adrenal em crianças com paracoccidioidomicose. Vinte e três crianças com forma sistêmica de paracoccidioidomicose foram avaliadas e divididas em dois grupos: Grupo A (n = 8) pacientes antes de iniciar o tratamento e Grupo B (n = 15) pacientes após o termino do tratamento. Dosagens plasmáticas de cortisol (basal e após teste com ACTH), ACTH, atividade de renina, aldosterona, sódio e potássio foram realizadas. Estas dosagens foram normais em todos os casos, com exceção da atividade da renina e da aldosterona que foram elevadas em alguns casos. Os pacientes do Grupo A mostraram valores de cortisol basal e após-ACTH significativamente maiores que os do Grupo B. Os resultados demonstraram que a função adrenal não foi comprometida neste grupo de crianças com paracoccidioidomicose.