Em pacientes com esquistossomose, são encontrados anticorpos contra grande número de antígenos parasitários, e aqueles contra formas evolutivas jovens do parasita demonstraram que eram eficientes marcadores imunológicos para o diagnóstico da esquistossomose. Padrões de queda de anticorpos IgM e IgG contra cercária e esquistossômulo foram aqui estudados, comparativamente aos dos anticorpos contra verme e ovo, em pacientes esquistossomóticos após quimioterapia, abordando aspectos soroepidemiológicos. Dados obtidos no estudo de 359 amostras de soros, pertencentes a pacientes infectados por Schistosoma mansoni, indivíduos não infectados e pacientes acompanhados pós-tratamento por um período de 12 a 15 meses, forneceram base para postular padrão geral da cinética de queda de anticorpos. Antes do tratamento, o padrão de anticorpos é representado por curva unimodal, que se modifica para curva bimodal após tratamento, e finaliza com curva unimodal semelhante à do grupo de indivíduos não infectados. Diferentes tipos de anticorpos foram classificados em quatro categorias, conforme características apresentadas na queda, e o anticorpo IgM anti-esquistossômulo foi considerado como pertencente à categoria de anticorpos com queda moderada, enquanto que os demais anticorpos contra formas evolutivas jovens do parasita, à categoria daqueles com queda lenta. A metodologia aqui empregada permite identificar anticorpos potencialmente mais adequados a serem detectados em programas para controle da esquistossomose ou de outras parasitoses no campo