Splenomegaly in relation to Schistosoma mansoni egg counts: a population based study

Costa, Maria Fernanda Furtado de Lima e; Bocha, R. S.; Katz, Naftale

doi:10.1590/S0036-46651986000600002

Abstracts

A cross: sectional survey on schistosomiasis was done in Comercinho (Minas Gerais State, Brazil), a town with 1474 inhabitants. Stool (Kato-Katz method) and physical examinations were done on 90% of the population and on 84% of the individuals over 2 years of age, respectively. The ecological and individual (case-control) analysis were used to investigate the relation between splenomegaly and S. mansoni egg counts in different age groups. In the ecological analysis there was a clearly correspondence between higher geometric mean of eggs and higher percentage of splenomegaly in the age groups 5-9 and 10-12 years. In the individual analysis it was found that only in the youngest individuals (5-8 or 5-9 years old) the splenomegaly was related with higher mean egg counts in the feces, having been a tendency to the decrease of excretion of eggs in patients with splenomegaly as the age increased. These results strongly suggest that the ecological data are' better indicator of the severity of schistosomiasis in endemic areas, as the decrease of the egg excretion in patients with splenomegaly may be a confounding variable for the individual analysis.

Human schistosomiasis — Splenomegaly; Egg counts — S. mansoni

Um estudo seccional da esquistossomose foi realizado em Comercinho, cidade de 1474 habitantes situada no Estado de Minas Gerais (Brasil). Foram feitos exames de fezes pelo método de Kato-Katz e exame clínico em, res- pectivamente, 90% da população e em 84% dos indivíduos com mais de 2 anos de idade. As análises de correlação ecológica e de características individuais (caso-controle) foram usadas para investigar a relação entre a presença de esplenomegalia e a "intensidade" da infecção pelo S. mansoni em diferentes faixas etárias. Na análise ecológica observou-se uma nítida correspondência entre maior média geométrica de ovos e maior índice de esplenomegalia nas faixas etárias de 5-9 e 10-14 anos. No estudo de características individuais verificou-se que só nos indivíduos mais jovens (5-8 ou 5-9 anos) havia maior média de ovos entre os que apresentavam esplenomegalia, sendo que os pacientes com esplenomegalia apresentaram uma tendência para diminuir a sua eliminação de ovos nas fezes quando a idade aumentou. Isto sugere que os resultados obtidos através da análise ecológica são melhores indicadores da gravidade da esquistossomose em zonas endêmicas, uma vez que a redução do número de ovos nas fezes dos pacientes com esplenomegalia pode distorcer os resultados obtidos em estudos de caso-controle ou de características individoais.

ORIGINAL ARTICLES

Splenomegaly in relation to Schistosoma mansoni egg counts: a population based study(^¹ 1 Sponsored by the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) and by the Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) )

Esplenomegalia em relação à contagem de ovos de Schistosoma mansoni: um estudo de população

Maria Fernanda Furtado de Lima e Costa^I; R. S. Bocha^II; Naftale Katz^II

^IDepartamento de Medicina Preventiva e Social da Universidade Federal de Minas Gerais. 30.130 Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

^IICentro de Pesquisas "René Rachou" da Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

SUMMARY

A cross: sectional survey on schistosomiasis was done in Comercinho (Minas Gerais State, Brazil), a town with 1474 inhabitants. Stool (Kato-Katz method) and physical examinations were done on 90% of the population and on 84% of the individuals over 2 years of age, respectively. The ecological and individual (case-control) analysis were used to investigate the relation between splenomegaly and S. mansoni egg counts in different age groups. In the ecological analysis there was a clearly correspondence between higher geometric mean of eggs and higher percentage of splenomegaly in the age groups 5-9 and 10-12 years. In the individual analysis it was found that only in the youngest individuals (5-8 or 5-9 years old) the splenomegaly was related with higher mean egg counts in the feces, having been a tendency to the decrease of excretion of eggs in patients with splenomegaly as the age increased. These results strongly suggest that the ecological data are' better indicator of the severity of schistosomiasis in endemic areas, as the decrease of the egg excretion in patients with splenomegaly may be a confounding variable for the individual analysis.

Key words: Human schistosomiasis Splenomegaly; Egg counts S. mansoni

RESUMO

Um estudo seccional da esquistossomose foi realizado em Comercinho, cidade de 1474 habitantes situada no Estado de Minas Gerais (Brasil). Foram feitos exames de fezes pelo método de Kato-Katz e exame clínico em, res- pectivamente, 90% da população e em 84% dos indivíduos com mais de 2 anos de idade. As análises de correlação ecológica e de características individuais (caso-controle) foram usadas para investigar a relação entre a presença de esplenomegalia e a "intensidade" da infecção pelo S. mansoni em diferentes faixas etárias. Na análise ecológica observou-se uma nítida correspondência entre maior média geométrica de ovos e maior índice de esplenomegalia nas faixas etárias de 5-9 e 10-14 anos. No estudo de características individuais verificou-se que só nos indivíduos mais jovens (5-8 ou 5-9 anos) havia maior média de ovos entre os que apresentavam esplenomegalia, sendo que os pacientes com esplenomegalia apresentaram uma tendência para diminuir a sua eliminação de ovos nas fezes quando a idade aumentou. Isto sugere que os resultados obtidos através da análise ecológica são melhores indicadores da gravidade da esquistossomose em zonas endêmicas, uma vez que a redução do número de ovos nas fezes dos pacientes com esplenomegalia pode distorcer os resultados obtidos em estudos de caso-controle ou de características individoais.

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ACKNOWLEDGMENTS

The authors thank to Mr. Gercy de Souza Morais, Mr. Pedro Coura and Mr. José Ribeiro for their technical assistance, and to Prof. Laís de Lima e Costa Araújo, for reviewing the manuscript.

Recebido para publicação em 25/11/1985.

1. BARBOSA, P. S. Morbidade da esuisitossomose Rev. Bras. Malar., 18 (n.° esp.): 3-159, 1966.
2. BARRETO, M. L.; LOUREIRO, S.; MELO, A. S. & ANJOS, C. P. D. The effect of Schistosoma mansoni infection on child morbidity in the State in Bahia, Brazil. II. Analysis at individual level. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 27: 167-171, 1985.
3. CHEEVER, A. W. A quantitative post-morten study of schistosomiasis mansoni in man. Amer. J. trop. Med. Hyg., 17: 38-60, 1968.
4. CONCEIÇÃO, M. J. Morbidade da esquistossomose mansoni em uma comunidade rural de Minas Gerais Rio de Janeiro, 1976. (Thesis of master Universidade Federal do Rio de Janeiro).
5. COOK, J. A. BAKER, S. T.; WARREN, K. S. & JORDAN, P. A controlled study of morbidity irons schistosomiasis mansoni in St. Lucian children, based on quantitative egg excretion. Amer. J. trop. Med. Hyg., 23: 625-633, 1974.
6. COSTA, M. F. F. L.; ROCHA, R. S. & KATZ, N. Morbidade da esquistossomose e sua relação com a contagem de ovos de Schistosoma mansoni em uma zona hiperendêmica do Estado de Minas Gerais. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 27: 66-75, 1985.
7. COSTA, M. F. F. L.; ROCHA, R. S.; MAGALHÃES, M. H. A. & KATZ, N. A clínico-epidemiological survey of schistosomiasis mansoni in a hyperendemic area in Minas Gerais State (Comercinho, Brazil). I. Differences in the manifestations of schistosomiasis in the town centre and in the environs. Trans. roy. Soc. trop. Med. Hyg., 79: 539-545, 1985.
8. COSTA, M. F. F. L.; ROCHA, R. S.; ZICKER, F. & KATZ, N. Schistosomiasis clinical evolution in relation to the Schistosoma mansoni egg count in a Brazilian endemic area. Trans. roy. Soc. trop. Med. Hyg., 79: 560, 1985.
9. COSTA, M. F. F. L.; ROCHA, R. S.; ZICKER, F. & KAT2, N. Evolution of schistosomiasis in an hyperendemic area of the Minas Gerais State: two cross-sectional studies. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 27: 279-285, 1985.
10. COSTA, M. F. F. L.; MAGALHÃES, M. H. A.; ROCHA, R. S.; ANTUNES, C. M. F. & KATZ, N. - Water contact and socio-economic variables in the epidemiology of schistosomiasis mansoni in a Brazilian endemic area. Bull. Wld. Hlth. Org. (in press)
11. FERREIRA, L. F.; COUTINHO, S. G.; ARGENTO, C. A.; ANDRADE, C. M.; RUBENS, J.; VALENTE, P. & SILVA, J. R. O diagnóstico parasitológico na esquistossomose mansoni; estudo comparativo entre o exame de fezes, a biopsia retal e a biopsia hepática. Hospital, (Rio de J.), 69: 93-106, 1966.
12. GREMILLION, D. H.; GECKLER, R. W.; KUNTZ, R. E. & MARRAHO, R. V. Schistosomiasis in Saudi Arabian recruits; a morbidity study based on quantitative egg excretion. Amer. J. trop. Med. Hyg., 27: 924-927, 1978.
13. GUIMARÃES, M. D. C. A schistosomiasis mansoni clinico-epidemiologic study in a small Brazilian community. Jerusalém, 1982. (Thesis of master Hebrew-University).
14.. KATZ, N.; CHAVES, A. & PELLEGRINO, J. A simple device for quantitative stool thick-smear technique in schistosomiasis mansoni. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 14: 397-400, 1972.
15. KATZ, N. & ZICKER, F, Correlation between symptomatology and intensity of Schistosoma mansoni infection in inhabitants from endemic areas in Minas Gerais State, Brazil. Bras. med., 11: 55-59, 1975.
16. KLOETZEL, K. Splenomegaly in schistosomiasis mansoni. Amer. J. trop. Med. Hyg., 11: 472-476, 1962.
17. LEHMAN Jr., J. S.; MOTT, K. E.; MORROW Jr., R. H.; MUNIZ, T. M. & BOYEH, M. H. The intensity and effects of infections with Schistosoma mansoni in a small community in northeast Brazil. Amer. J. trop. Med. Hyg., 25: 285-294, 1976.
18. ONGOM, V. L. & BRADLEY, D. J. The epidemiology and consequences of Schistosoma mansoni mixtion in the "West Nile, Uganda. I. field studies of a community at Panyagoro. Trans. roy. Soc. trop. Hyg., 66: 835-851, 1972.
19. PELLEGRINO, J. & MEMÓRIA, J. M. P. A reação intradérmica na esquistossomose mansoni. III. Influencia da idade, sexo, cor e local da reação. Rev. Inst. Med. Trop. S. Paulo, 2: 218-223, 1960.
20. SALIH, S. Y-: MARSHALL, T. F. & RADALOWICZ, A. Morbidity in relation to the clinical forms and to intensity of infection in Schistosoma mansoni in the Sudan. Ann. trop. Med. Parasit., 73: 439-449, 1979.
21. SIONGOK, T. K. A.; MAHMOUD, A. A. F.; OUMA, J. H.; WARREN, K. S.; MULLER, A. S.; HANDA, A. K. & HOUSER, H. B. Morbidity in schistosomiasis mansoni in relation to intensity of infection; study of a community in Machakos, Kenya. Amer. J. trop. Med. Hyg., 25: 273-284, 1976.
22. SMITH, D. H.; WARREN, K. S. & MAHMOUD, A. A. F. Morbidity in schistosomiasis mansoni in relation to intensity of infection; study of a community in Kisumi, Kenya. Amer. J. trop. Med. Hyg,, 28: 220-229, 1979.
23. SNEDECOR, G. W. & COCHRAN, W. G. Statistical methods 6th.ed. Iowa, Iowa University Press, 1977
24. WARREN, K. S.; MAHMOUD, A. A. F.; CUMMINGS. P.;. MURPHY, D. J. & HOUSER, H. B. Schistosomiasis mansoni in Yemeni in California; duration of infection, presence of disease, therapeutic management. Amer. J. trop. Med. Hyg., 23: 902-909, 1974.

1

Sponsored by the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) and by the Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)

Publication Dates

Publication in this collection
10 Oct 2012
Date of issue
Dec 1986

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

[1] 1. BARBOSA, P. S. Morbidade da esuisitossomose Rev. Bras. Malar., 18 (n.° esp.): 3-159, 1966.

[2] 2. BARRETO, M. L.; LOUREIRO, S.; MELO, A. S. & ANJOS, C. P. D. The effect of Schistosoma mansoni infection on child morbidity in the State in Bahia, Brazil. II. Analysis at individual level. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 27: 167-171, 1985.

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[6] 6. COSTA, M. F. F. L.; ROCHA, R. S. & KATZ, N. Morbidade da esquistossomose e sua relação com a contagem de ovos de Schistosoma mansoni em uma zona hiperendêmica do Estado de Minas Gerais. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 27: 66-75, 1985.

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[9] 9. COSTA, M. F. F. L.; ROCHA, R. S.; ZICKER, F. & KAT2, N. Evolution of schistosomiasis in an hyperendemic area of the Minas Gerais State: two cross-sectional studies. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 27: 279-285, 1985.

[10] 10. COSTA, M. F. F. L.; MAGALHÃES, M. H. A.; ROCHA, R. S.; ANTUNES, C. M. F. & KATZ, N. - Water contact and socio-economic variables in the epidemiology of schistosomiasis mansoni in a Brazilian endemic area. Bull. Wld. Hlth. Org. (in press)

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[13] 13. GUIMARÃES, M. D. C. A schistosomiasis mansoni clinico-epidemiologic study in a small Brazilian community. Jerusalém, 1982. (Thesis of master Hebrew-University).

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[15] 15. KATZ, N. & ZICKER, F, Correlation between symptomatology and intensity of Schistosoma mansoni infection in inhabitants from endemic areas in Minas Gerais State, Brazil. Bras. med., 11: 55-59, 1975.

[16] 16. KLOETZEL, K. Splenomegaly in schistosomiasis mansoni. Amer. J. trop. Med. Hyg., 11: 472-476, 1962.

[17] 17. LEHMAN Jr., J. S.; MOTT, K. E.; MORROW Jr., R. H.; MUNIZ, T. M. & BOYEH, M. H. The intensity and effects of infections with Schistosoma mansoni in a small community in northeast Brazil. Amer. J. trop. Med. Hyg., 25: 285-294, 1976.

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[20] 20. SALIH, S. Y-: MARSHALL, T. F. & RADALOWICZ, A. Morbidity in relation to the clinical forms and to intensity of infection in Schistosoma mansoni in the Sudan. Ann. trop. Med. Parasit., 73: 439-449, 1979.

[21] 21. SIONGOK, T. K. A.; MAHMOUD, A. A. F.; OUMA, J. H.; WARREN, K. S.; MULLER, A. S.; HANDA, A. K. & HOUSER, H. B. Morbidity in schistosomiasis mansoni in relation to intensity of infection; study of a community in Machakos, Kenya. Amer. J. trop. Med. Hyg., 25: 273-284, 1976.

[22] 22. SMITH, D. H.; WARREN, K. S. & MAHMOUD, A. A. F. Morbidity in schistosomiasis mansoni in relation to intensity of infection; study of a community in Kisumi, Kenya. Amer. J. trop. Med. Hyg,, 28: 220-229, 1979.

[23] 23. SNEDECOR, G. W. & COCHRAN, W. G. Statistical methods 6th.ed. Iowa, Iowa University Press, 1977

[24] 24. WARREN, K. S.; MAHMOUD, A. A. F.; CUMMINGS. P.;. MURPHY, D. J. & HOUSER, H. B. Schistosomiasis mansoni in Yemeni in California; duration of infection, presence of disease, therapeutic management. Amer. J. trop. Med. Hyg., 23: 902-909, 1974.

Brasil

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Splenomegaly in relation to Schistosoma mansoni egg counts: a population based study

Esplenomegalia em relação à contagem de ovos de Schistosoma mansoni: um estudo de população

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