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Utilização de ágar e caldo Mueller-Hinton na prova do tubo germinativo

Candida albicans é frequentemente isolada em amostras clínicas, assim a sua diferenciação presuntiva de outras espécies do gênero pode ser baseada na habilidade em formar o tubo germinativo em soro humano. Entretanto, existem outras duas espécies que também possuem essa característica, C. dubliniensis e C. africana. O objetivo foi comparar quatro diferentes substratos para a realização da prova do tubo germinativo (TG). Utilizou-se isolados de Candida spp. identificados através de meio manual (135 C. albicans, 24 C. tropicalis e um C. dubliniensis). A prova do tubo germinativo foi realizada utilizando soro previamente congelado e fresco, caldo e ágar Mueller-Hinton (MH). O TG através da técnica do soro a fresco foi observado em 96% (130/136), 94% (128/136) através do soro previamente congelado, 92% (125/136) no ágar e 90% (122/136) no caldo MH. A sensibilidade de cada teste foi maior que 90% e especificidade de 100%. Tanto o caldo quanto o ágar MH foram capazes de identificar apenas os verdadeiros positivos e não ocorrendo falsos positivos, porém deixaram de identificar alguns isolados de C. albicans. O ágar e o caldo MH podem ser utilizados na rápida e presuntiva identificação laboratorial de C. albicans, como uma alternativa para o teste do tubo germinativo.


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