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Avaliação da sensibilidade in vitro à quinidina em isolados brasileiros de Plasmodium falciparum: análise comparativa à quinina e à cloroquina

Malária falciparum representa grave e crescente problema de saúde pública mundial, dada a resistência do parasito à maioria dos fármacos disponíveis. Em algumas áreas endêmicas, a quinidina, diastereoisômero do antimalárico quinina, vem sendo empregada em substituição a este último. Com o objetivo de avaliar o emprego da quinidina como alternativa à perda crescente de sensibilidade de cepas brasileiras de P. falciparum à quinina, como o observado na região Amazônica, realizamos ensaio comparativo entre quinidina, quinina e cloroquina. A técnica in vitro do microteste de sensibilidade foi utilizada. Todos os isolados mostraram-se altamente resistentes à cloroquina. Resistência à quinina não foi observada, embora altos valores de CMI (concentração mínima inibitória) tenham sido encontrados. Estes resultados corroboram o decréscimo de suscetibilidade de cepas brasileiras à quinina. Observou-se variação de IC50 de 0,053 a 4,577 mimol/L de sangue para a quinidina, enquanto para a quinina estimou-se IC50 de 0,053 a 8,132 mimol/L de sangue. Ademais, observou-se clareamento da parasitemia em concentrações inferiores à da quinidina quando empregada como fármaco antiarrítmico, confirmando estudo anterior por nós realizado. Resultados semelhantes foram encontrados em isolado oriundo da África.


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