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Novos registros de Histoplasma capsulatum em animais silvestres na Amazônia brasileira

Vinte e oito amostras de Histoplasma capsulatum foram obtidas de oito espécies de mamíferos silvestres nos Estados do Amazonas, Pará e Rondônia. Os isolamentos foram feitos mediante inoculação de amostras trituradas de fígado e baço em hamsters por via intradérmica e intraperitoneal. O diagnóstico micológico nos hamsters que apresentaram lesões foi confirmado por histopatologia e cultivo em meio dextrose-agar de Sabouraud. Os hamsters infectados desenvolveram sinais de doença após dois a nove meses; todos apresentaram lesões disseminadas nas vísceras e a maioria apresentou também lesões cutâneas nos locais da inoculação. Nenhum dos hamsters inoculados com material de pele dos hospedeiros originais desenvolveu histoplasmose, e H. capsulatum não foi detectado nos exames histopatológicos dos animais silvestres. A prevalência de infecção foi consideravelmente mais alta entre fêmeas, tanto para Didelphis marsupialis como para o total de animais silvestres examinados (479). Propõe-se que as infecções detectadas em animais arborícolas podem ser explicadas pelo transporte de esporos do fungo em correntezas convectivas dentro de árvores ocas que tenham uma abertura ao nível do solo e outra a nível proximo das copas.


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