O teste ELISA-TETANOS (Biosys, France) foi utilizado para a titulação de antitoxina tetânica (sensibilidade = 0,0025 UI/ml) em soros humanos de doadores de sangue, 566 homens e 108 mulheres, idade entre 18 e 58 anos, média de 29 anos, residentes em São Paulo, Brasil. A Organização Mundial de Saúde aceita apenas o teste de soroneutralização em animais, método de referência, para os estudos de proteção contra o tétano, e preconisa o título mínimo protetor de 0,01 UI/ml. BOURLEAUD & HUET, propuseram o limite de 0,06 UI/ml quando se emprega o teste imunoenzimático ELISA, devido a discrepancias inevitáveis entre os dois métodos. Dos 674 soros estudados, 178 (26,41%) não apresentaram anticorpos detectáveis (< 0,0025 UI/ml); 413 (61,28%) apresentaram resultados iguais ou superiores a 0,01 UI/ml e, em 232 (34,42%) os títulos foram iguais ou superiores a 0,06 UI/ml. A porcentagem de indivíduos protegidos foi inversamente proporcional à idade: cerca de 50% do grupo mais jovem (homens de 18 a 35 anos e mulheres de 18 a 23 anos) contra 10% do grupo de mais de 42 anos apresentaram títulos seguramente protetores (> 0,06 UI/ml).