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Incidência do vírus influenza em cães adultos criados em áreas rural e urbana do estado de São Paulo, Brasil

A transmissão interespecífica do vírus influenza é relatada em estudo sobre influenza com animais domésticos desde 1970. Pássaros e mamíferos, incluindo o homem, são seus hospedeiros naturais, porém outros animais podem participar da sua epidemiologia. Foi investigada a incidência do vírus influenza em cães adultos criados em zonas rural (9, 19,56%) e urbana (37, 80,43%), do Estado de São Paulo. Os soros dos cães foram examinados pelo teste de inibição da hemaglutinação (IH), usando antígeno dos vírus influenza circulantes no Brasil. Nos cães rurais foram detectados títulos médios de 94,37, 227,88, 168,14 e 189,62 UIH/25 mL (unidades inibidoras de hemaglutinação/25 mL) para os subtipos H1N1, H3N2, H7N7, H3N8 de vírus influenza A, respectivamente, com diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre as médias de títulos de anticorpos contra H1N1 e H3N2. Cerca de 84% e 92% dos cães urbanos responderam aos vírus influenza A humano H1N1 e H3N2, respectivamente e destes 92% e 100% foram positivos para os vírus eqüinos H7N7 e H3N8, respectivamente. Para esses cães as médias de títulos de anticorpos para os vírus influenza A H1N1, H3N2, H7N7 e H3N8 foram 213,96, 179,42, 231,76 e 231,35UIH/25 mL, respectivamente. As diferenças entre as médias não foram estatisticamente significativas (p>0,05). Conclui-se que os cães apresentaram positividade para ambos vírus influenza humano e equino. O presente estudo sugere, pela primeira vez, evidências de que há circulação do vírus influenza em cães, no Brasil.


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