Objetivo: identificar a ocorrência de violência no trabalho que acomete profissionais de enfermagem atuantes na área hospitalar e relacionar as variáveis de perfil profissional com esse fenômeno.
Método: pesquisa exploratória, transversal, descritiva, correlacional, de campo e quantitativa realizada com 218 profissionais de enfermagem atuantes em unidades hospitalares da 8° Regional de Saúde do Paraná, sendo utilizado um questionário sociodemográfico e o instrumento Questionário de Avaliação da Violência no Trabalho Sofrida ou Testemunhada por Trabalhadores de Enfermagem. A análise dos dados ocorreu por frequência absoluta e relativa, utilizado o teste de Qui-quadrado com correção de continuidade de Yates para verificar os fatores associados.
Resultados: participaram da amostra 218 profissionais de enfermagem, no qual 44,0% referiram ter sofrido violência no trabalho, 11,9% a violência física, 47,7% o abuso verbal e 2,8% o assédio sexual. Ao realizar-se a associação, observou-se que os profissionais com mais de 30 anos e que fazem hora extra sofrem mais violência quando comparados aos demais profissionais.
Conclusão: diante do exposto, foi possível evidenciar significativa ocorrência de episódios de violência no trabalho nos últimos 12 meses, sendo a violência verbal a mais referida.
Descritores:
Violência no Trabalho; Enfermagem; Exposição à Violência; Comportamento Social; Condições de Trabalho; Saúde Ocupacional
Destaques:
(1) Prevalência significativa de violência no ambiente laboral. (2) Ênfase na saúde do trabalhador voltada a profissionais de enfermagem. (3) O abuso emocional foi o trauma na infância com maior influência na DPP. (4) Necessidade de políticas públicas para aprimoramento na segurança do trabalho. (5) Estímulo a novas pesquisas sobre a temática.