Open-access Conhecimento e atitudes de gestantes sobre a vacinação contra a COVID-19

Objetivo: avaliar o conhecimento e as atitudes de gestantes em relação à vacinação contra a COVID-19 e os fatores que os afetam.

Método: este é um estudo transversal e analítico com 407 gestantes. A Escala de Conhecimento e Atitude em relação à Vacina contra a COVID-19 foi usada para avaliar o conhecimento e as atitudes das gestantes em relação à vacinação contra a COVID-19. Os testes U de Mann-Whitney e H de Kruskal-Wallis foram usados para análise estatística.

Resultados: verificou-se que 63,88% da amostra tinha uma opinião negativa sobre a vacinação contra a COVID-19 durante a gravidez. Setenta e cinco por cento das gestantes acreditavam que a vacina poderia prejudicar o feto. Os escores médios da subescala de gravidade (p = 0,001) e benefício (p = 0,001) da vacina foram significativamente mais altos em gestantes com maior nível de escolaridade e no primeiro trimestre da gravidez (p = 0,001). Verificou-se que as gestantes que afirmaram ter informação suficiente sobre a COVID-19 apresentaram escores médios da subescala de gravidade (p = 0,001) e benefício (p = 0,031) significativamente mais altos e tiveram uma atitude mais positiva em relação à vacinação contra a COVID-19 durante a gravidez.

Conclusão: a maioria das mulheres grávidas teve atitudes negativas devido à preocupação de que a vacina contra a COVID-19 pudesse prejudicar o feto. Os profissionais de saúde devem educar as gestantes sobre a importância da vacinação durante a gravidez, em benefício da saúde materna e infantil durante o acompanhamento da gestação.

Descritores
Vacina; COVID-19; Mulheres; Gravidez; Conhecimento; Atitude


Destaques

(1) O estudo avaliou a aceitação da vacina e a atitude em relação à vacina contra a COVID-19 durante a gravidez. (2) Mulheres gestantes participaram do estudo. (3) Foram detectadas atitudes negativas em relação às vacinas durante a gravidez. (4) Os resultados do estudo podem se tornar um instrumento para informar as instituições de saúde sobre a aceitação da vacina.

Objective: to assess the knowledge and attitudes of pregnant women towards COVID-19 vaccination and the factors that affect them.

Method: this is a cross-sectional and analytical study with 407 pregnant women. The COVID-19 Vaccine Knowledge and Attitude Scale was used to assess the knowledge and attitudes of pregnant women towards COVID-19 vaccination. Mann-Whitney U and Kruskal-Wallis H tests were used for statistical analysis.

Results: it was found that 63.88% of the sample had a negative opinion about being vaccinated against COVID-19 during pregnancy. Seventy-five percent of the pregnant women believed that the vaccine would harm their fetus. The mean subscale scores of the severity (p = 0.001) and benefit (p = 0.001) of the vaccine were significantly higher in pregnant women with a higher level of education and in the first trimester (p = 0.001). It was found that pregnant women who stated that they had sufficient information about COVID-19 had significantly higher severity (p = 0.001) and benefit (p = 0.031) subscale mean scores and had a more positive attitude against COVID-19 vaccination during pregnancy.

Conclusion: most pregnant women had negative attitudes due to concerns that the COVID-19 vaccine would harm the fetus. Healthcare professionals should provide education about the importance of vaccination during pregnancy for maternal and infant health during pregnancy follow-up.

Descriptors
Vaccine; COVID-19; Women; Pregnancy; Knowledge; Attitude


Highlights

(1) The study evaluated vaccine acceptance and COVID-19 vaccine attitude during pregnancy. (2) Pregnant women participated in the study. (3) Negative attitudes towards vaccines during pregnancy was detected. (4) The study results can be a guide to inform health institutions about vaccine acceptance.

Objetivo: evaluar los conocimientos y actitudes de las mujeres embarazadas hacia la vacunación contra la COVID-19 y los factores que los afectan.

Método: se trata de un estudio transversal y analítico de 407 mujeres embarazadas. Se utilizó la Escala de Conocimientos y Actitudes hacia la Vacuna COVID-19 para evaluar los conocimientos y actitudes de las embarazadas hacia la vacunación COVID-19. Para el análisis estadístico se utilizaron las pruebas U de Mann-Whitney y H de Kruskal-Wallis.

Resultados: el 63,88% de la muestra tenía una opinión negativa de la vacunación con COVID-19 durante el embarazo. El 75% de las embarazadas creía que la vacuna podía dañar al feto. Las puntuaciones medias en las subescalas de gravedad (p = 0,001) y beneficio (p = 0,001) de la vacuna fueron significativamente más altas en las embarazadas con mayor nivel educativo y en el primer trimestre de embarazo (p = 0,001). Se observó que las mujeres embarazadas que afirmaron haber recibido información suficiente sobre la vacuna COVID-19 obtuvieron puntuaciones medias significativamente más altas en las subescalas de gravedad (p = 0,001) y beneficio (p = 0,031) y tuvieron una actitud más positiva hacia la vacunación contra la COVID-19 durante el embarazo.

Conclusión: la mayoría de las mujeres embarazadas tenían actitudes negativas debido a la preocupación de que la vacuna COVID-19 pudiera dañar al feto. Los profesionales de la salud deberían educar sobre la importancia de la vacunación durante el embarazo en beneficio de la salud materno infantil durante el seguimiento del embarazo.

Descriptores
Vacuna; COVID-19; Mujeres; Embarazo; Conocimiento; Actitud


Destacados

(1) El estudio evaluó la aceptación de la vacuna y las actitudes hacia la vacuna COVID-19 durante el embarazo. (2) Las mujeres embarazadas participaron en el estudio. (3) Se detectaron actitudes negativas hacia las vacunas durante el embarazo. (4) Los resultados del estudio podrían ser una herramienta para informar a las instituciones de salud sobre la aceptación de las vacunas.

Introdução

A COVID-19, causada pelo coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), tem causado morbidade e mortalidade maciças em todo o mundo1. Desde 2019, quando os primeiros casos de coronavírus foram detectados, até julho de 2024, mais de 775 milhões de casos confirmados e mais de 7 milhões de mortes foram registrados em todo o mundo. Ademais, aproximadamente 14 bilhões de doses da vacina contra a COVID-19 foram administradas2.

Devido às mudanças fisiológicas e imunológicas que ocorrem durante a gravidez, as mulheres grávidas se tornam mais suscetíveis a infecções do trato respiratório, o que as coloca em alto risco de graves consequências no caso de contraírem COVID-193.

Estudos relataram que a infecção por COVID-19 piora o curso clínico em mulheres grávidas em comparação com mulheres não grávidas da mesma idade4. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA relatam que mulheres grávidas têm três vezes mais chances de serem admitidas em unidades de terapia intensiva ou de precisarem de intubação e 1,5 vezes mais chances de morrerem de COVID-19 do que mulheres não grávidas5.

Os efeitos adversos da COVID-19 também foram encontrados em termos da saúde e desenvolvimento fetal. Em uma metanálise, constatou-se que mulheres grávidas infectadas pelo SARS-CoV-2 tinham maior risco de produzir natimorto e parto prematuro do que mulheres grávidas não infectadas6-7. Além disso, a infecção pelo SARS-CoV-2 pode desencadear uma tempestade de citocinas, que pode levar a uma resposta inflamatória no feto e a danos na placenta com subsequente restrição do crescimento fetal, trabalho de parto prematuro e aborto espontâneo8.

Muitos fatores afetam as atitudes dos indivíduos em relação à vacinação. Estes fatores incluem o tipo de vacina, a localização geográfica, a cultura e o status socioeconômico. As pessoas também podem ter reservas quanto à aceitação de novas vacinas. A hesitação vacinal pode aumentar durante a gravidez devido à preocupação com seus efeitos sobre o feto9-10.

Uma das abordagens mais eficazes contra a COVID-19, que provoca a síndrome respiratória aguda grave, é a vacinação10-11. Como nenhuma das vacinas contra a COVID-19 contém vírus vivos ou adjuvantes que possam prejudicar o feto, inúmeros estudos, o American College of Obstetricians and Gynecologists(5,12-14) e a Society for Maternal-Fetal Medicine recomendam a vacinação a mulheres grávidas e lactantes15-16. Embora o American College of Obstetricians and Gynecologists recomende a vacina contra a COVID-19 para todas as gestantes, a decisão deve ser deixada a cargo da mulher, depois que os fatores de risco individuais forem cuidadosamente avaliados5. A literatura enfatiza que as reações relacionadas à vacina em gestantes e lactantes são semelhantes às da população em geral. Além disso, os resultados da pesquisa relatam que as gestantes vacinadas têm menos probabilidade de contrair a COVID-19 e que caso a contraiam, a doença tem um curso mais brando nas gestantes e em bebês nascidos de mães vacinadas17. As mulheres grávidas geralmente têm menos disposição e maior preocupação com a vacinação contra doenças evitáveis por vacina (por exemplo, influenza e tétano) do que a população em geral10. Estudos indicam que mulheres que têm uma atitude negativa em relação às vacinas durante a gravidez também têm hesitação em relação à vacina contra a COVID-194. Esta situação mostra que o desenvolvimento de uma atitude positiva em relação à vacinação durante a gravidez pode reduzir a hesitação vacinal contra a COVID-19 e, potencialmente, a novas vacinas18-20.

Considerando o aumento da morbidade associada à COVID-19 na gravidez, é importante determinar o conhecimento e as atitudes das gestantes em relação à vacinação contra a COVID-19 durante a gravidez, a fim de proteger a gestante e o feto da COVID-19 e reduzir seus efeitos adversos na gravidez e no feto21-22. Por estes motivos, este estudo foi planejado para avaliar o conhecimento e as atitudes de gestantes em relação à vacina contra a COVID-19 e os fatores que afetam seu conhecimento e suas atitudes.

Métodos

Tipo de estudo

Esta pesquisa é um estudo descritivo, transversal e analítico. Ela se baseia nas diretrizes do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE).

Local e população do estudo

O estudo foi realizado de janeiro a abril de 2022 no norte do Chipre, que é uma ilha de 9.251 km2 no Mediterrâneo, onde o turismo é generalizado e há muitos alunos matriculados nas 22 universidades. Por estes motivos, a população de estudantes, tanto acadêmicos quanto profissionais, é bastante alta. Além disso, o Norte do Chipre é uma ilha com uma taxa de natalidade muito baixa e, de acordo com dados oficiais, o número total de nascimentos no país em 2012 foi de 3.61424. Os partos de mulheres que têm status de imigrantes para fins de educação e trabalho também estão incluídos neste número.

Mulheres grávidas com mais de 18 anos de idade que participaram voluntariamente do estudo foram incluídas no estudo, independentemente de sua idade gestacional. Os dados foram coletados online para evitar o risco de infecção devido à pandemia. As pesquisas foram elaboradas pelos pesquisadores usando o Google Forms. O link para o Formulário Google criado foi compartilhado pelo pesquisador nas plataformas de mídia social (WhatsApp, Messenger, Facebook e Instagram). A primeira página do questionário online incluía informação sobre a finalidade e o conteúdo do estudo e o formulário de consentimento informado para participação no estudo. O formulário foi criado de forma que aqueles que concordassem em participar continuassem s responder ao questionário.

Seleção da amostra

O número de gestantes a serem incluídas na amostra foi determinado pelo método de análise de poder. As estatísticas da taxa de natalidade do país foram usadas como referência para a análise do poder estatístico23. O número de gestantes necessárias para o estudo foi de 365 com α=0,05, 1-β=0,80 e taxa de erro de 0,20. Das mulheres convidadas para o estudo, 407 aceitaram participar e constituíram o grupo de amostra do estudo. Após a conclusão do estudo, foi realizada uma análise de poder post-hoc para determinar a adequação do tamanho da amostra. De acordo com a análise post-hoc, foi determinado que a amostra total era suficiente com um tamanho de efeito de 0,92, poder de 99% e margem de erro de 0,05%.

Critérios de inclusão

Mulheres grávidas com idade igual ou superior a 18 anos, sem barreiras de comunicação (que não falam turco, problemas de saúde mental etc.), alfabetizadas e com alfabetização digital básica foram incluídas no estudo.

Critérios de exclusão

Mulheres grávidas com quaisquer fatores de risco durante a gravidez (por exemplo, pré-eclâmpsia, retardo de crescimento intrauterino, ruptura prematura de membranas, diabetes gestacional etc.) e mulheres grávidas com quaisquer problemas diagnosticados relacionados à saúde do feto (por exemplo, anomalia fetal e retardo de crescimento intrauterino) foram excluídas.

Ferramentas de coleta de dados

Os primeiros 14 itens do formulário com 27 perguntas preparado pelo pesquisador após a revisão da literatura foram classificados para determinar as características sociodemográficas dos participantes(20,24). Treze perguntas incluíram o status de vacinação das participantes, suas opiniões sobre a vacinação contra a COVID-19 durante a gravidez e as fontes de informação sobre a vacina(1,7,24-25).

Escala de Conhecimento e Atitude em relação à Vacina contra a COVID-19

A escala, desenvolvida em 2021 para avaliar o conhecimento e a atitude dos indivíduos em relação à vacina contra a COVID-19, é do tipo Likert de cinco pontos e consiste em 16 perguntas26. A escala não tem ponto de corte. A alta pontuação média obtida em cada subescala indica que as percepções em relação à gravidade, ao obstáculo e ao benefício da subescala são altas. A escala consiste em um total de três subescalas: “Percepção da gravidade da doença COVID-19” (5 itens), “Percepção dos obstáculos da vacina” (7 itens) e “Percepção do benefício da vacina” (4 itens). Na pontuação da escala, cada subescala é pontuada por si só. Enquanto as pontuações altas nas subescalas de gravidade e benefício indicam uma atitude positiva em relação à COVID-19, uma pontuação alta na subescala de barreira indica uma atitude negativa em relação à COVID-19. O coeficiente alfa de Cronbach da escala usada em nosso estudo foi calculado em 0,83.

Análise dos dados

No estudo, as características sociodemográficas e o status de vacinação das gestantes e sua distribuição de acordo com algumas características relacionadas à COVID-19 foram determinados pela análise de frequência. As estatísticas descritivas referentes aos escores da Escala de Conhecimento e Atitude em relação à Vacina contra a COVID-19 das gestantes foram fornecidas e a conformidade com a distribuição normal foi examinada com o teste de Kolmogorov-Smirnov. Testes de hipóteses não paramétricos, como os testes U de Mann-Whitney e H de Kruskal-Wallis, foram usados no estudo porque os escores da Escala de Conhecimento e Atitude em relação à vacina contra a COVID-19 das gestantes não apresentaram uma distribuição normal.

Aspectos éticos

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Revisão Institucional da Universidade (nº 2021/98-1444). Antes de iniciar a pesquisa, obteve-se o consentimento de todos os participantes e a confidencialidade das informações pessoais foi assegurada. O estudo foi conduzido de acordo com os princípios éticos da Declaração de Helsinki.

Resultados

A Tabela 1 apresenta as características sociodemográficas do estudo realizado com a participação de 407 gestantes. A média de idade das gestantes participantes do estudo foi de 27,61±4,73 anos. Foi determinado que 27,27% das participantes estavam no primeiro trimestre, 40,05% no segundo trimestre e 32,68% no terceiro trimestre. Uma fração de 62,41% estava em sua primeira gravidez, 28,99% estavam em sua segunda gravidez e 28,26% já tinham um filho.

Determinou-se que 13,51% das gestantes tinham ensino secundário completo, 18,43% tinham ensino médio completo e 52,83% tinham ensino superior completo. Cerca de dois terços, 75,43%, tinham uma renda equivalente às despesas, 71,74% estavam empregadas e 92,38% tinham uma família nuclear.

No presente estudo, verificou-se que, embora os escores das subescalas de gravidade (p = 0,001) e benefício (p = 0,001) das gestantes que concluíram o ensino fundamental tenham sido menores (p = 0,001), os escores da subescala de barreira foram maiores (p = 0,001). Além disso, as gestantes com nível de escolaridade mais alto tinham opiniões mais positivas sobre a vacina contra a COVID-19 durante a gravidez (p < 0,05). As pontuações da subescala de gravidade (p = 0,001) e benefício (p = 0.001) foram significativamente mais altas, e as pontuações da subescala de barreira (p = 0,001) foram mais baixas em gestantes no primeiro trimestre em comparação com as do segundo e terceiro trimestres.

Tabela 1 -
Distribuição das gestantes de acordo com suas características sociodemográficas e obstétricas (n = 407). Nicósia, Chipre, 2022

Foi determinado que 89,43% das gestantes incluídas no estudo não foram vacinadas contra o tétano e 100% não foram vacinadas contra a influenza (gripe). Mais da metade, 51,84%, tomou a vacina contra a COVID-19 antes da gravidez, 36,12% tiveram opiniões positivas sobre a vacinação contra a COVID-19 durante a gravidez, enquanto 63,88% tiveram opiniões negativas. Uma fração de 61,90% das gestantes que tinham opinião positiva acreditava que a vacina protege contra o vírus da COVID-19 durante a gravidez e 75% das que tinham uma opinião negativa, acreditavam que a vacina prejudicaria o feto. Foi observado que 83,29% das gestantes receberam informação sobre a vacina contra a COVID-19 durante a gravidez e 60,69% afirmaram ter conhecimento suficiente sobre a vacina contra a COVID-19. A maioria, 86,73% das gestantes, declarou que obteve informação sobre a vacina contra a COVID-19 com um médico, 45,45% nas mídias sociais, 55,04% com especialistas pela TV ou Internet e 28,99% com enfermeiros (Tabela 2).

Tabela 2 -
Distribuição das gestantes de acordo com seu status de vacinação e algumas características relacionadas à COVID-19 (n = 407). Nicósia, Chipre, 2022

As pontuações médias das subescalas de gravidade e benefício das mulheres que foram vacinadas antes da gravidez, que foram vacinadas antes e durante a gravidez, das que ainda não foram vacinadas e das que planejam ser vacinadas durante a gravidez, foram significativamente mais altas, e as pontuações médias das subescalas de barreira foram significativamente mais altas (p = 0,001). As pontuações médias da subescala de gravidade e benefício das que tinham uma opinião positiva sobre receber a vacina contra a COVID-19 durante a gravidez foram maiores do que as das que tinham uma opinião negativa (p = 0,001). Foi determinado que aquelas que receberam informação sobre a vacina contra a COVID-19 durante a gravidez tiveram escores médios mais altos na subescala de gravidade (p = 0,018). Verificou-se que aquelas que foram instruídas sobre a vacina contra a COVID-19 durante a gravidez e acreditavam que tinham informação suficiente apresentavam pontuações médias mais altas nas subescalas de gravidade e proficiência e pontuações médias mais baixas nas subescalas de barreira (p < 0,05) (Tabela 3).

Tabela 3 -
Comparação das pontuações médias das subescalas de gravidade, barreira e benefício da escala de conhecimento e atitude em relação à vacina contra a COVID-19 de acordo com o status de vacinação e algumas características relacionadas à COVID-19 (n = 407). Nicósia, Chipre, 2022

Discussão

Os resultados deste estudo revelam que, embora as mulheres tenham atitudes positivas em relação às vacinas quando não estão grávidas, este não é o caso durante a gravidez. O fato de a taxa de vacinação de rotina contra o tétano durante a gravidez ser tão baixa sugere que a questão da vacinação durante a gravidez pode ter sido negligenciada. Diferentes estudos também relataram que a vacina contra a gripe sazonal não é comum entre as gestantes e, na maioria das vezes, não é aceita por elas27-30. Além disso, verificou-se que 63,88% das gestantes tinham uma opinião negativa sobre a vacinação contra a COVID-19 durante a gravidez, sendo que 75% destas gestantes acreditavam que a vacina poderia prejudicar o feto e 47,31% achavam que a vacina poderia impor um risco à vida do bebê. Estudos constataram que as gestantes consideram que as vacinas poderiam prejudicar a si mesmas ou ao feto, causar infertilidade e que o risco de contrair a COVID-19 era baixo durante a gravidez(7,31). Particularmente, as percepções sobre os efeitos da vacina no feto podem afetar negativamente a atitude das gestantes em relação à vacina. Em um estudo, ao contrário do nosso, a taxa de vacinação durante a gravidez foi alta, e concluiu-se que, apesar das reservas sobre a vacina contra a COVID-19, uma atitude determinada e positiva em relação às vacinas em geral aumentou a aceitação da vacina contra a COVID-1910.

As pontuações das subescalas de gravidade e benefício de mulheres grávidas no primeiro trimestre foram consideradas maiores. Na literatura, foi demonstrado que resultados diferentes foram obtidos quando a aceitação da vacina é avaliada de acordo com a idade gestacional. Um estudo na Turquia descobriu que a aceitação da vacina foi maior no primeiro trimestre24. Um estudo conduzido na China indicou que mulheres grávidas no segundo e terceiro trimestres estavam mais dispostas a receber a vacina COVID-19 do que aquelas no primeiro trimestre32.

Observou-se que as gestantes com alto nível de escolaridade tinham uma perspectiva positiva da vacina contra a COVID-19, os escores da subescala de gravidade e benefício da vacina contra a COVID-19 eram mais altos e os escores da subescala de barreira eram baixos. Os estudos realizados tanto com gestantes quanto com a população em geral mostraram que o alto nível de escolaridade afeta positivamente a aceitação da vacina(25,30,33). Além disso, os escores da subescala de gravidade e benefício das gestantes que afirmaram ter informação suficiente sobre a COVID-19 foram mais altos, e os escores da subescala de barreira foram mais baixos. Isso mostra que a educação das gestantes sobre a COVID-19 afetou positivamente a abordagem da vacinação. Diferentes estudos apoiam o resultado do presente estudo(10,25,34). Os resultados da literatura também mostram que as gestantes devem ter informação adequada sobre a eficácia e a segurança da vacina contra a COVID-1935-36.

Constatou-se que as gestantes atribuíam grande importância à atenção à higiene das mãos, ao uso de máscaras faciais e ao distanciamento social, a partir de medidas preventivas que não a vacinação. Da mesma forma, um estudo constatou que as gestantes prestavam atenção ao uso de máscaras, à lavagem das mãos e ao distanciamento social em uma alta taxa25. Estes resultados mostraram que as gestantes prestam atenção aos métodos para prevenir a COVID-19.

Enquanto 39,31% das gestantes afirmaram não ter conhecimento suficiente sobre a vacina contra a COVID-19, declararam ter obtido informação principalmente de médicos (86,73%), seguidos por especialistas por meio da TV e da Internet (55,04%). Em um estudo, a principal fonte de informação foi a mídia24. Especialmente durante os períodos de lockdown, a Internet foi amplamente usada como fonte de informação da mídia. No entanto, estas fontes também podem levar à desinformação. Como a desinformação continua a se espalhar, as recomendações dos profissionais de saúde como uma fonte confiável de informação para mulheres grávidas são cruciais37. Um estudo controlado e randomizado que avaliou as atitudes das gestantes em relação à vacinação por meio do envio de mensagens de texto sobre a vacina contra a COVID-19 demonstrou ter um efeito positivo sobre as atitudes das gestantes em relação à vacinação por meio do envio de mensagens informativas por profissionais de saúde38. A taxa de gestantes que declararam ter recebido informação sobre a vacina contra a COVID-19 de enfermeiras é de aproximadamente 30%. A taxa de gestantes que declararam ter recebido informação sobre a vacina contra a COVID-19 de enfermeiras é de aproximadamente 30%. Os enfermeiros trabalham em instituições de saúde onde são prestados serviços de saúde preventiva e, além disso, têm funções de educação em saúde. Portanto, a proporção de gestantes que receberam informação sobre a vacina contra a COVID-19 de enfermeiras é instigante.

Este estudo é importante para mostrar que as atitudes negativas em relação às vacinas durante a gravidez podem ser uma abordagem semelhante em termos de aceitação de novas vacinas. Estudos de educação e conscientização sobre a aceitação e as atitudes em relação às vacinas devem ser conduzidos durante a gravidez, especialmente fora dos períodos epidêmicos, e a continuidade destes estudos deve ser assegurada. Além disso, nosso estudo revela que os enfermeiros devem usar seu papel de educadores para alcançar mais mulheres com informação sobre vacinas durante a gravidez.

O idioma do estudo é o turco, portanto, os resultados do estudo não podem ser generalizados para toda a ilha. Como este estudo foi realizado online e a pesquisa foi compartilhada por meio de redes sociais, apenas mulheres grávidas com conexão à Internet e que usam mídias sociais foram incluídas neste estudo. Outra limitação é que a resposta às perguntas depende da subjetividade dos indivíduos, pois os dados foram coletados online.

Conclusão

No presente estudo, foi determinado que as gestantes tinham uma atitude negativa em relação à vacinação durante a gravidez e esta atitude negativa persistiu em relação às vacinas contra a COVID-19. O motivo mais proeminente para a atitude negativa em relação às vacinas contra a COVID-19 foi a preocupação de que elas possam afetar negativamente a gravidez e prejudicar o feto. Quanto maior o nível de escolaridade das gestantes, mais atitudes positivas elas tiveram em relação à vacinação contra a COVID-19 durante a gravidez. Além disso, a obtenção de informação suficiente sobre a vacina contra a COVID-19 afetou as atitudes das gestantes em relação à vacinação. De acordo com estes resultados, é importante oferecer treinamento às gestantes para protegê-las no grupo desfavorecido e garantir a sustentabilidade das vacinas contra a COVID-19. O fornecimento de informação sobre a vacina contra a COVID-19 e seus efeitos, por si só, não será suficiente para evitar novos surtos. Descobriu-se que a grande maioria das pessoas que têm uma atitude negativa em relação à vacina contra a COVID-19 e acredita que a vacina prejudicará sua gravidez. Além disso, o fato de que outras vacinas têm taxas muito baixas durante a gravidez revela que elas têm uma atitude negativa contra a vacinação em geral durante a gravidez. Portanto, a informação sobre a importância da vacinação durante a gravidez para proteger a saúde do feto e da mãe não devem ser ignoradas. Recomenda-se também a realização de estudos qualitativos, incluindo entrevistas aprofundadas, para determinar as preocupações das mulheres sobre a vacinação.

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  • Como citar este artigo
    Tekbaş S. Knowledge and attitudes of pregnant women about COVID-19 vaccination. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2025;33:e4521 [cited]. Available from: . https://doi.org/10.1590/1518-8345.7331.4521

Editado por

  • Editor Associado:
    Ricardo Alexandre Arcêncio

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    02 Maio 2025
  • Data do Fascículo
    2025

Histórico

  • Recebido
    16 Mar 2024
  • Aceito
    03 Nov 2024
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