| Compreender o cotidiano de pacientes com câncer em cuidados paliativos ao vivenciar o cuidado de sua família no domicílio(9). |
Pacientes que receberam, de seus familiares, um cuidado autêntico, refletem o impacto que tiveram, mesmo frente aos percalços cresceram e transcenderam. O cuidado domiciliar, aliado ao cuidado paliativo, é capaz de dar "asas" àqueles que visualizaram suas vidas ameaçadas. |
| Compreender o significado de ser-cuidador de um familiar com câncer e com alta dependência para as atividades diárias(10). |
Significou, para o ser-cuidador, apavorar-se com o diagnóstico, com o tratamento, com os cuidados paliativos e ser-com-o-outro na doença. Mostrou-se ocupado sem deixar de estar preocupado e solícito. O cuidado paliativo deve permear o trabalho do enfermeiro para que este seja um verdadeiro ser-do-cuidado. |
| Compreender os significados atribuídos por profissionais de saúde à assistência em cuidados paliativos na atenção primária à saúde(11). |
Os profissionais reconheceram a necessidade do outro no cuidado paliativo na atenção primária. Os significados envolveram a necessidade de um sistema organizado em rede que favoreça as relações sociais, o enfrentamento do modelo hospitalocêntrico curativista e a inclusão e conscientização da família. |
| Detectar astenia tumoral na Atenção Básica, possibilidades de avaliação e sua gradação com duas escalas propostas, a classificação CID*-10 (CID*-10) adaptada e o índice de Karnosfky graduado (IK†)(12). |
O estudo confirmou a existência de uma correlação negativa ou relação inversa entre os graus de astenia tumoral, de acordo com os critérios diagnósticos da CID*-10, para astenia tumoral contra o IK†. Ferramenta fácil e acessível em qualquer ambiente de assistência, incluindo cuidados primários e paliativos, não apenas um indicador funcional, mas também pode avaliar e graduar a astenia tumoral. |
| Comprovar a validade e a aplicação de uma ferramenta prognóstica projetada em ambiente hospitalar com parâmetros biológicos para sua aplicação em domicílio(13). |
No domicílio, o uso rotineiro de parâmetros biológicos do sangue periférico para fins prognósticos tem pouca utilidade. A utilização de variáveis de fácil registro (sintomatologia clínica, situação funcional e aspectos relacionados ao tratamento) pode ser um instrumento mais adequado para estimar a sobrevivência neste ambiente. |
| Identificar quantos pacientes no programa brasileiro de ESF‡ precisam de CP§; Descrever as condições de saúde e o status sociodemográfico dos pacientes no programa ESF‡ que necessitam de CP§; Descrever o apoio profissional e social recebido pelos pacientes do programa ESF‡ com necessidades de CP§(14). |
Pacientes com necessidades de CP§ estão acessando o programa ESF‡, independentemente de não haver suporte específico para CP§. Dos 238 pacientes identificados, 73 foram identificados como necessitados de CP§, e a idade média foi de 77,18. A maioria dos pacientes recebeu medicação e apoio profissional por meio das unidades de atenção primária, mas foram identificadas limitações de serviços, como falta de visitas domiciliares e abordagens multiprofissionais limitadas. Políticas de CP§ e treinamento profissional devem ser implementados para melhorar esta área. |
| Determinar a frequência de dor como motivo de visita em uma consulta de atenção primária e conhecer sua influência no sono(15). |
Idade média de 50 anos, 56% de mulheres. A intensidade da dor com a escala EVA|| foi de 4,9. 45% dos pacientes que preencheram os critérios de "bom sono". Em homens, a dor aguda e sua intensidade apareceram como fatores independentes do mau sono. |
| Desenvolver um novo e breve instrumento a ser empregado para mensuração da dignidade, baseado nas percepções de pacientes, familiares e profissionais sobre dignidade(16). |
Foi apresentado um questionário de oito itens para validação. A nova escala mostrou validade fatorial apropriada e confiabilidade. O novo PPDS¶ possui propriedades psicométricas apropriadas que, juntamente com sua brevidade, incentivam sua aplicabilidade na avaliação da dignidade no final da vida. |
| Identificar quais tem sido as principais limitações e dificuldades de acesso aos recursos sociosanitários que tem vivido as pessoas no final de vida, através das vivências e das percepções dos cuidadores destes pacientes(17). |
Categorias: sofrimento nos serviços de emergência, necessidade de privacidade, sensação de solidão e experiência em casa. Obstáculos: protocolos de cuidados que não levaram em conta o processo de adoecimento do familiar e a necessidade de um quarto individualizado na internação hospitalar. Em casa, sentem-se protegidos por profissionais da atenção básica, mas apresentam dificuldades no acesso às unidades de apoio psicológico e de cuidados paliativos. |
| Analisar o processo de trabalho de profissionais da saúde que atuam na Saúde da Família/Atenção Primária e já cuidaram de pessoas em processo de morte a fim de traçar possíveis contribuições para a área de Saúde Pública no que se refere à implantação dos cuidados paliativos na atenção primária(18). |
O planejamento das ações em saúde é orientado pelo Projeto Terapêutico Singular, com ênfase para o diagnóstico social e a necessidade do vínculo para pactuação. Entende-se que a finalidade dessa atividade do profissional da saúde seja promover a dignidade e a qualidade de vida no processo de morte, entretanto, defende-se que o cuidado integral deve incluir, além do cuidado da pessoa e sua família, a defesa do pleno desenvolvimento humano. |
| Refletir sobre os cuidados às pessoas com doenças em fase terminal na atenção primária à saúde (APS**)(19). |
Categorias: cuidados no final da vida na percepção dos familiares e na dos profissionais de saúde. Apesar do discurso de humanização, houve descontinuidade do cuidado. Para além dos grandes centros, pouco se logra de melhoria na qualidade de vida de quem morre no domicílio. |
Conhecer e refletir sobre as perspectivas de terapeutas ocupacionais em relação à implementação dos cuidados paliativos na atenção domiciliar(20). |
Atuação profissional em cuidados paliativos concentrado nos níveis especializados, mas com potência na atenção básica e domiciliar. Entraves: complexidade do "estar no domicílio", demandas de alto custo, falta de infraestrutura e a não implementação de políticas públicas. Formação profissional e produção científica insuficientes. |
| Identificar casos de usuários a fim de inventariar os problemas éticos que a equipe vivencia(21). |
A formação de recursos humanos com competência técnica e a continuidade da assistência na transição do tratamento curativo para o paliativo favorecem a integralidade e a obtenção de respostas mais adequadas aos desafios éticos. Preocupa-se com a identificação dos valores subjacentes às necessidades específicas do final de vida e com abordagem multiprofissional. |
| Avaliar a necessidade de incorporação de cuidados paliativos nos cuidados primários de saúde por meio da caracterização de usuários elegíveis para esse tipo de cuidado, inscritos em um programa de distribuição de dispositivos(22). |
141 dos 160 prontuários selecionados possuíam informações do KPS††. A maioria dos casos apresentou desempenho abaixo de 70% e, portanto, os pacientes foram elegíveis para cuidados paliativos. As patologias mais frequentes são as doenças degenerativas crônicas. |
| Analisar o conforto de cuidadores formais e informais de pacientes em cuidados paliativos, identificando as variáveis associadas às dificuldades de cuidado no domicílio(23). |
A maioria dos cuidadores era mulher, idade média 52 anos, com companheiros e praticantes de alguma religião. O nível de conforto dos cuidadores de pacientes em cuidados paliativos foi relativamente bom e esteve associado às dificuldades de cuidado no domicílio. |
| Identificar pacientes elegíveis para cuidados paliativos e caracterizar os serviços envolvidos na atenção primária à saúde(24). |
Informa-se que 2715 são elegíveis, o que representa 3,59% da população cadastrada; doenças cardiovasculares, diabetes e câncer; 17,2% requereram cuidados paliativos precoce; 9,7%, exclusivos. Necessidade de estruturação da APS** para cuidados paliativos precoce, foco ao idoso. |
| Analisar a relação entre apoio social, qualidade de vida e depressão em pacientes elegíveis para cuidados paliativos atendidos na APS** de um município no interior de Minas Gerais, Brasil(25). |
Maiores níveis de apoio social estão relacionados a pacientes com melhor qualidade de vida global e funcional. Por outro lado, menores níveis de qualidade de vida devido à presença de sintomas físicos estão relacionados a piores níveis de apoio social, bem como uma pior qualidade de vida global está relacionada a maiores níveis de sintomas de depressão. |
| Apresentar o processo de identificação de pacientes em cuidados paliativos em uma equipe de Estratégia de Saúde da Família no Brasil(26). |
Identificaram-se 38 pessoas com necessidades paliativas de uma população de 3.000; 58% são mulheres; 63% estão acima de 65 anos. Há multimorbidade maior acima de 65 anos. Doenças cardiovasculares, respiratórias, psiquiátricas, câncer e Diabetes Mellitus são prevalentes. |