Objetivo:
identificar o risco e a prevalência de quedas no último ano em doentes renais crônicos em hemodiálise; associar o risco de queda com o medo de cair e variáveis sociodemográfico-clínicas.
Método:
estudo de associação. Participaram do estudo 131 indivíduos. Foram utilizados a Escala de Quedas de Morse, o Fall Efficacy Scale e o Tilburg Frailty Indicator. Os dados foram analisados por regressão linear, o nível de significância adotado foi de 0,05.
Resultados:
97,7% apresentaram risco para quedas e 37,4% apresentaram pelo menos uma queda ao ano, com média de 2,02. Apresentaram extrema preocupação em cair: as mulheres, os pacientes com menor nível de escolaridade, os amputados e os frágeis. A diabetes, enquanto comorbidade, e pessoas com dificuldade ou necessidade de auxílio para a deambulação apresentaram aumento significante quanto à ocorrência de quedas.
Conclusão:
constatou-se alto risco e alta prevalência de quedas nos pacientes em hemodiálise, maiores naqueles com diabetes ou com limitações na mobilidade. O medo de cair foi identificado especialmente nas mulheres e pessoas com menor escolaridade. Esses achados desafiam a protagonizar a prevenção de quedas, tanto nas sessões de hemodiálise, quanto na adoção de estratégias para as atividades de vida diária que envolvam pacientes e seus familiares.
Descritores:
Insuficiência Renal Crônica; Diálise Renal; Acidentes por Quedas; Segurança do Paciente; Enfermagem; Queda