Este trabalho teve como objetivo compreender a vivência da mãe na perda de um filho jovem em circunstâncias violentas. O procedimento metodológico foi apoiado na fenomenologia. A população de estudo foi constituída por cinco mães que perderam seus filhos jovens por homicídio. Esses homicídios aconteceram em épocas distintas, com intervalo de tempo entre 50 dias e 10 anos. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a entrevista aberta do método fenomenológico, norteado por uma questão orientadora. A análise fenomenológica dos discursos desvelou a compreensão das significações essenciais sistematizadas nas categorias: mumificação do filho na memória; dois caminhos trilhados pela publicidade frente à morte; apego à espiritualidade para suportar a dor da morte de um filho; cumplicidade materna e impunidade dos assassinos. Os resultados deste estudo podem contribuir para a elaboração de propostas de intervenção junto às mães no sentido de ajudá-las na reorganização de suas vidas após a morte de um filho.
morte; violência; mães