RESUMO
Objetivo:
descrever as mudanças nas condições de fragilidade ao longo de um ano após a alta hospitalar, e verificar as variáveis preditoras da mudança das condições de fragilidade e dos componentes do fenótipo de fragilidade, segundo grupos de piora, melhora e estabilidade.
Método:
inquérito longitudinal, realizado com 129 idosos. Utilizou-se formulário estruturado para dados socioeconômicos e saúde, escalas (Depressão Geriátrica Abreviada, Katz, Lawton e Brody) e fenótipo de fragilidade, segundo Fried. Procederam-se às análises descritiva e modelo de regressão logística multinomial (p<0,05).
Resultados:
constatou-se que 56,7% dos idosos mudaram sua condição de não frágeis para pré-frágeis, não ocorrendo mudança dos não frágeis para frágeis. Observou-se o óbito entre idosos frágeis e pré-frágeis. No grupo de piora, o aumento do número de morbidades foi preditor para exaustão e/ou fadiga, enquanto que, no grupo de melhora, o aumento na dependência das atividades instrumentais de vida diária foi preditor para a perda de peso, e a diminuição dos escores do indicativo de depressão para o baixo nível de atividade física.
Conclusão:
houve maior percentual de mudança na condição de idosos não frágeis para pré-frágeis e as variáveis de saúde foram preditoras apenas para os componentes do fenótipo de fragilidade.
Descritores:
Idoso Fragilizado; Estudos Longitudinais; Enfermagem Geriátrica