Objetivo:
verificar a existência de elementos que justifiquem o uso da farmacogenética pelo enfermeiro brasileiro.
Método:
trata-se de um estudo quantitativo, do tipo transversal, observacional descritivo, cuja amostra final foi de 67 indivíduos. Os participantes estavam saudáveis no momento do estudo e reportaram histórico de uso prévio e ocorrência de efeitos adversos por fármacos comumente utilizados e metabolizados pela CYP2C9. Coletamos 4 mL de sangue venoso para posterior extração de DNA por método salting out e genotipagem dos polimorfismos CYP2C9*2 e CYP2C9*3 através de Polymerase Chain Reaction em tempo real, utilizando ensaios Taqman.
Resultados:
o uso de fármacos metabolizados pela CYP2C9 foi frequente (mais de 75% dos sujeitos já utilizaram entre 2 ou 4 desses fármacos). A respeito dos eventos adversos, houve 19 ocorrências sintomáticas percebidas, associadas a fármacos metabolizados pela CYP2C9. A frequência alélica do polimorfismo *2 e *3 na população estudada foi de 11,1% e 7,5%, respectivamente, com coincidência entre a presença dos alelos de baixa atividade enzimática e ocorrência de efeitos adversos.
Conclusão:
existem elementos que justificam a adoção da farmacogenética no cuidado do enfermeiro com objetivo de redução da ocorrência de reações adversas a fármacos metabolizados pela CYP2C9.
Descritores:
Citocromo P-450 CYP2C9; Farmacogenética; Efeitos Colaterais; Reações Adversas Relacionados a Medicamentos; Enfermagem; Processo de Enfermagem