Estratégias de enfrentamento de familiares de pacientes com transtornos mentais

identificar as estratégias de enfrentamento de familiares de pacientes com transtornos mentais e relacioná-las com as variáveis sociodemográficas do familiar e clínicas do paciente.

Método:

estudo descritivo, desenvolvido em hospital psiquiátrico do interior do estado de São Paulo, com 40 familiares de pacientes internados, maiores de 18 anos e que acompanhavam o paciente antes e durante a internação. Foram utilizados instrumentos para caracterização dos sujeitos e o Inventário de Estratégias de Enfrentamento de Folkman e Lazarus.

Resultados:

as estratégias de enfrentamento mais utilizadas pelos familiares foram suporte social e resolução de problemas. Pais e mães utilizaram mais estratégias funcionais (autocontrole p=0,037; reavaliação positiva p=0,037; suporte social p=0,021). Não foram evidenciadas diferenças significativas entre as estratégias e as demais variáveis estudadas.

Conclusão:

apesar do sofrimento causado pelo impacto do adoecimento do seu ente querido, os familiares utilizam mais estratégias funcionais, permitindo-lhes enfrentar as adversidades de forma mais ajustada.

Descritores:
Adaptação Psicológica; Enfermagem Psiquiátrica; Transtornos Mentais; Saúde da Família

Autoria

Daniele Alcalá Pompeo

PhD, Professor Adjunto, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP, Brasil.PhD, Professor Adjunto, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP, Brasil.PhD, Professor Adjunto, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP, Brasil.

Arélica de Carvalho

Aluna do curso de graduação em Enfermagem, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP, Brasil. Bolsista de iniciação cientifica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brasil.Aluna do curso de graduação em Enfermagem, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP, Brasil. Bolsista de iniciação cientifica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brasil.Aluna do curso de graduação em Enfermagem, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP, Brasil. Bolsista de iniciação cientifica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brasil.

Aline Morgado Olive

Enfermeira, Aluna do curso Residência em Enfermagem Obstétrica, Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.Enfermeira, Aluna do curso Residência em Enfermagem Obstétrica, Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.Enfermeira, Aluna do curso Residência em Enfermagem Obstétrica, Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Maria da Graça Girade Souza

Sueli Aparecida Frari Galera

PhD, Professor Associado, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.PhD, Professor Associado, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.PhD, Professor Associado, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Correspondência: Daniele Alcalá Pompeo Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Departamento de Enfermagem Especializada Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416 Vila São Pedro CEP: 15090-000, São José do Rio Preto, SP, Brasil E-mail: dalcala@eerp.usp.br/ daniele.pompeo@famerp.br

SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Tabelas

Tabelas (3)

Thumbnail

Tabela 1
Escores médios das estratégias de enfrentamento respondidas pelos familiares de pacientes com transtornos mentais. São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2013

Thumbnail

Tabela 2
Médias das estratégias de enfrentamento mencionadas pelos familiares de pacientes com transtornos mentais segundo as variáveis sociodemográficas. São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2013

Thumbnail

Tabela 3
Médias dos fatores do IEEFL obtidas de cuidadores de pacientes com transtornos mentais segundo as variáveis clínicas dos pacientes. São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2013

Tabela 1 Escores médios das estratégias de enfrentamento respondidas pelos familiares de pacientes com transtornos mentais. São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2013

Estratégias de enfrentamento	Escore médio	Desvio padrão	Mediana	Alfa de Cronbach
Confronto	0,69	0,92	0,50	0,44
Afastamento	0,83	1,03	0,35	0,62
Autocontrole	1,10	1,10	0,80	0,47
Suporte social	1,66	1,09	1,66	0,66
Aceitação de responsabilidades	1,09	1,02	0,85	0,70
Fuga-esquiva	1,25	1,13	1,0	0,78
Resolução de problemas	1,57	1,06	1,75	0,57
Reavaliação positiva	1,42	1,14	1,44	0,79

Tabela 2 Médias das estratégias de enfrentamento mencionadas pelos familiares de pacientes com transtornos mentais segundo as variáveis sociodemográficas. São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2013

Variáveis sociodemográficas do familiar		Média dos fatores do Inventário de Estratégias de Enfrentamento de Folkman e Lazarus
Variáveis sociodemográficas do familiar		Confronto	Afastamento	Autocontrole	Suporte social	Aceitação de responsabilidades	Fuga-esquiva	Resolução de problemas	Reavaliação positiva
Sexo
	Masculino	0,72	0,75	1,01	1,53	1,00	0,95	1,37	1,48
	Feminino	0,77	0,93	1,19	1,78	1,16	1,55	1,81	1,33
	p-value*	0,903	0,310	0,391	0,349	0,355	0,093	0,093	0,532
Faixa etária
	18 a 30	0,70	0,74	0,93	1,56	0,91	1,18	1,51	1,35
	31 a 59	0,67	0,84	1,19	1,66	1,17	1,17	1,67	1,42
	60 ou mais	1,29	1,24	1,30	1,99	1,35	1,87	1,50	1,55
	p-value^†	0,143	0,283	0,512	0,452	0,294	0,376	0,797	0,782
Anos de estudo
	0 a 4 anos	0,80	1,18	1,20	1,60	0,97	1,16	1,41	1,03
	5 a 9 anos	0,68	0,65	0,90	1,66	0,99	1,40	1,57	1,34
	10 ou mais	0,76	0,83	1,15	1,66	1,15	1,20	1,64	1,53
	p-value^†	0,865	0,238	0,380	0,917	0,790	0,749	0,638	0,225
Renda
	1 a 3	0,71	0,83	1,08	1,51	1,03	1,30	1,43	1,22
	4 a 7	0,83	0,93	1,05	2,02	1,24	1,21	1,96	1,86
	Não sabe	0,79	0,76	1,28	1,93	1,13	1,00	1,95	1,81
	p-value^†	0,773	0,897	0,770	0,132	0,691	0,737	0,108	0,069
Tem companheiro
	Sim	0,72	0,80	1,18	1,76	1,17	0,93	1,79	1,58
	Não	0,77	0,88	1,00	1,52	0,98	1,64	1,34	1,19
	p-value*	0,611	0,622	0,502	0,539	0,234	0,056	0,055	0,134
Grau parentesco^‡
	Pai ou mãe	1,02	1,05	1,71^§	2,21^§	1,32	0,93	1,96	1,91^§
	Filho	0,69	0,69	1,18^§\|\|	1,86^§\|\|	1,36	1,85	1,75	1,65^§\|\|
	Irmão	0,66	1,02	0,89^\|\|	1,27^\|\|	0,72	1,11	1,50	0,94^\|\|
	Outro	0,70	0,72	0,87^§\|\|	1,47^§\|\|	0,99	1,07	1,35	1,28^§\|\|
	p-value^†	0,646	0,406	0,037	0,021	0,089	0,137	0,283	0,037

*p-value referente ao Teste de Mann-Whitney (P<0,05); †p-value referente ao Teste de Kruskal-Wallis com Teste de Comparação Múltipla de Dunn (P<0,05); ‡Símbolos diferentes na mesma coluna (§||) diferem de forma significativa entre si segundo Teste de Comparação Múltipla de Dunn (P<0,05) (§difere significativamente de || e §|| não difere significativamente de § e ||)

Tabela 3 Médias dos fatores do IEEFL obtidas de cuidadores de pacientes com transtornos mentais segundo as variáveis clínicas dos pacientes. São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2013

Variáveis clínicas do paciente		Média dos fatores do Inventário de Estratégias de Enfrentamento de Folkman e Lazarus
Variáveis clínicas do paciente		Confronto	Afastamento	Autocontrole	Suporte social	Aceitação de responsabilidades	Fuga-esquiva	Resolução de problemas	Reavaliação positiva
Transtorno do paciente
	Esquizofrenia	0,72	0,82	1,18	1,64	1,11	1,09	1,38	1,26
	TAB	0,81	0,92	1,12	1,72	1,13	1,43	1,68	1,58
	Depressão	0,69	0,75	1,00	1,57	1,00	1,15	1,65	1,32
	p-value*	0,744	0,734	0,833	0,695	0,769	0,668	0,600	0,423
Tempo da doença
	Até 30 dias	0,66	0,35	0,80	1,33	0,67	1,00	1,31	1,36
	31 dias a 3 anos	0,96	1,02	1,40	2,10	1,11	1,41	1,62	1,49
	4 a 10 anos	0,58	0,85	1,45	1,78	1,49	0,75	1,75	1,57
	11 anos ou mais	0,73	0,87	1,02	1,58	1,08	1,32	1,60	1,37
	p-value*	0,595	0,278	0,371	0,402	0,193	0,409	0,955	0,995
Sintomas psicóticos
	Sim	0,77	0,89	1,14	1,56	1,01	1,50	1,37	1,38
	Não	0,71	0,78	1,05	1,75	1,17	0,97	1,84	1,44
	p-value^†	0,631	0,594	0,733	0,480	0,513	0,095	0,052	0,828

*Valor P referente ao Teste de Kruskal-Wallis com Teste de Comparação Múltipla de Dunn (P<0,05); ^† Valor P referente ao Teste de Mann-Whitney (P<0,05).

Como citar

copiar

Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto / Universidade de São Paulo Av. Bandeirantes, 3900, 14040-902 Ribeirão Preto SP Brazil, Tel.: +55 (16) 3315-3451 / 3315-4407 - Ribeirão Preto - SP - Brazil
E-mail: rlae@eerp.usp.br

Acompanhe os números deste periódico no seu leitor de RSS

Versão para download de PDF

PDF

Inglês
Português
Espanhol

Versões e tradução automática

Versão original do texto

English
Español
Português

Tradução automática

Google Translator
Microsoft Translator

Como citar

RIS

BIBTEX

Outros formatos de citação e exportação:

SciELO - Scientific Electronic Library Online
Rua Dr. Diogo de Faria, 1087 – 9º andar – Vila Clementino 04037-003 São Paulo/SP - Brasil
E-mail: scielo@scielo.org

Leia a Declaração de Acesso Aberto

Métricas

Estratégias de enfrentamento de familiares de pacientes com transtornos mentais

PlumX

Mensagem

[1] Correspondência: Daniele Alcalá Pompeo Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Departamento de Enfermagem Especializada Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416 Vila São Pedro CEP: 15090-000, São José do Rio Preto, SP, Brasil E-mail: dalcala@eerp.usp.br/ daniele.pompeo@famerp.br