Objetivo:
analisar e correlacionar os papéis ocupacionais, os sintomas e a capacidade de autocuidado em pacientes oncológicos atendidos no serviço de quimioterapia de um hospital universitário.
Método:
estudo transversal, no qual foram aplicados os instrumentos questionário sociodemográfico e clínico, Inventário de Sintomas do M.D Anderson - core, escala de avaliação da capacidade do autocuidado Appraisal of Self Care Agency Scale-Revised e Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais em pacientes oncológicos atendidos no serviço de quimioterapia de um hospital universitário. A análise dos dados incluiu tabelas de frequências absolutas e relativas e regressão linear múltipla, adotando nível de significância de α=0,05.
Resultados:
a amostra apresentou capacidade para o autocuidado operacionalizada com média de ̄X=57,8. Na correlação entre o grau de importância dos papéis ocupacionais e os escores do instrumento de avaliação para o autocuidado foi encontrada significância estatística nos papéis de voluntário (r=0,26; p=0,02) e de amigo (r=0,33; p= <0,001). A regressão linear mostrou que quanto maior a interferência dos sintomas nas atividades de vida (β=0,20; p=0,05) e maior a importância do papel do amigo (p=0,001; p=0,43), maiores os índices de autocuidado.
Conclusão:
a operacionalização do autocuidado pode estar diretamente relacionada ao grau de importância atribuído ao desempenho de papéis sociais.
Descritores:
Desempenho de Papéis; Autocuidado; Tratamento Farmacológico; Neoplasias; Integralidade em Saúde; Apoio Social