Objetivo:
analisar a relação entre a duração do sono noturno autorrelatada e o desempenho cognitivo de idosos.
Método:
a amostra foi constituída por 156 idosos cadastrados em Unidades de Saúde da Família (USF) de um munícipio paulista divididos em quartis segundo a duração do sono noturno. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário de caracterização, Exame Cognitivo de Addenbrooke – Revisado (ACE-R) e Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Foram feitas análises estatísticas descritivas, comparativas e correlacionais.
Resultados:
os idosos obtiveram média de 61,94 pontos no ACE-R e 55,1% apresentavam boa qualidade de sono. As análises comparativas evidenciaram diferenças entre os grupos apenas no domínio cognitivo fluência verbal (p=0,018). As análises post-hoc apontaram que idosos que dormiam maior número de horas, em média 8,85 horas (Q1), tinham escores inferiores quando comparados aos idosos que dormiam em média 6,11 horas (Q3) (p=0,004) e 4,52 horas (Q4) (p=0,045). O modelo ajustado com aplicação do método stepwise apontou relação das variáveis independentes escolaridade e duração do sono com o domínio fluência verbal.
Conclusão:
conclui-se que a duração do sono tem relação com o domínio cognitivo fluência verbal.
Descritores:
Sono; Cognição; Linguagem; Idoso; Saúde do Idoso; Geriatria