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Validação clínica da proposição diagnóstica de enfermagem sede perioperatória* * Artigo extraído da tese de doutorado “Elaboração e validação da proposição do diagnóstico de Enfermagem Sede Perioperatória”, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil.

Objetivo:

verificar a validade clínica da proposição de um novo diagnóstico de enfermagem denominado sede perioperatória, com base na acurácia diagnóstica de seus indicadores clínicos, incluindo a magnitude de efeito de seus fatores etiológicos.

Método:

estudo de validação clínica diagnóstica com 150 pacientes cirúrgicos em um hospital universitário. Foram coletadas variáveis sociodemográficas e indicadores clínicos relacionados à sede. Empregou-se a técnica de análise de classe latente.

Resultados:

dois modelos de classes latentes foram propostos para as características definidoras. O modelo ajustado no pré-operatório incluiu: lábios ressecados, saliva grossa, língua grossa, vontade de beber água, relato do cuidador, garganta seca e constante deglutição de saliva. No pós-operatório: garganta seca, saliva grossa, língua grossa, constante deglutição de saliva, vontade de beber água, gosto ruim na boca. Os fatores relacionados Temperatura do ambiente elevada e Boca seca estão associados à presença de sede, assim como as condições associadas Utilização de anticolinérgicos e Intubação. A prevalência de sede foi de 62,6% no pré-operatório e 50,2% no pós-operatório imediato.

Conclusão:

a proposição diagnóstica de sede perioperatória apresentou bons parâmetros de acurácia de seus indicadores clínicos e efeitos etiológicos. Essa proposição em uma taxonomia de enfermagem permitirá maior visibilidade, valorização e tratamento desse sintoma.

Descritores:
Sede; Enfermagem Perioperatória; Tomada de Decisão Clínica; Pesquisa Metodológica em Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; Enfermagem Baseada em Evidências


Destaques:

(1) Avalia a acurácia da proposição do diagnóstico de enfermagem sede perioperatória;

(2) Permite diagnóstico refinado para utilização em prática clínica, ensino e pesquisa;

(3) Fortalece a sistematização da assistência de enfermagem perioperatória;

(4) Ressalta o manejo da sede como parte do cuidado, visto sua elevada prevalência e desconforto;

(5) Apresenta estrutura com bons parâmetros de acurácia e bem representativos da sede.

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