Objetivo:
identificar e analisar as percepções e as práticas de profissionais da saúde e do terceiro setor a respeito da adolescência e da violência entre parceiros íntimos na adolescência.
Método:
estudo exploratório e descritivo. Os dados foram coletados em duas sessões de uma Oficina de Trabalho Crítico-emancipatória desenvolvida com 55 profissionais que atuavam em serviços da Atenção Primária à Saúde e serviços vinculados ao terceiro setor. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo com apoio do software WebQDA. As categorias de análise utilizadas foram gênero e geração.
Resultados:
as percepções e as práticas diante da violência entre parceiros íntimos adolescentes são balizadas pelo senso comum e subjugam, sobretudo, as adolescentes do sexo feminino. Nos serviços de saúde, a violência é percebida no momento de atendimento a outras demandas, sob o paradigma biomédico. Os profissionais do terceiro setor entendem o enfrentamento da violência como responsabilidade da área da saúde.
Conclusão:
as concepções negativas e estereotipadas sobre a violência entre parceiros íntimos adolescentes são marcadas por vieses de gênero e geração. O estudo evidencia a necessidade de promover ações em rede nas práticas profissionais que considerem a compreensão histórica e social da adolescência para o enfrentamento do problema.
Descritores:
Violência por Parceiros Íntimos; Adolescente; Violência de Gênero; Atenção Primária à Saúde; Prevenção Primária; Pesquisa Qualitativa