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Impacto do uso da imunoglobulina palivizumabe no Estado de São Paulo: estudo de coorte 1 1 1 Artigo extraído da tese de doutorado “Avaliação do programa de uso da imunoglobulina palivizumabe no Estado de São Paulo”, apresentada à Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquisa Filho”, Botucatu, SP, Brasil.

RESUMO

Introdução:

o uso da palivizumabe como profilaxia do vírus sincicial respiratório não é consenso. No Brasil, constitui programa de saúde pública, mas outros países não a consideram custo-efetiva.

Objetivo:

identificar a taxa de hospitalização em Unidade de Terapia Intensiva por doença ou sintomatologia respiratória entre crianças que receberam imunoglobulina palivizumabe, a proporção de crianças que falharam na tomada de alguma das doses indicadas e o impacto dessa falha na hospitalização.

Método:

estudo de coorte, incluídas 693 crianças inscritas no programa em 2014 (85,1% da população), com seguimento mensal de abril a setembro, por ligação telefônica às mães/responsáveis. A chance de hospitalização, em Unidade de Terapia Intensiva, em função da falha, foi avaliada por regressão logística múltipla, adotando-se p crítico <0,05.

Resultados:

a taxa de hospitalização foi de 18,2%; não receberam todas as doses da imunoglobulina 2,3% das crianças; a chance de hospitalização por doença ou sintomatologia respiratória aumentou, em média, 29% a cada falha na tomada de alguma dose (p=0,007; OR=1,29, IC=1,07-1,56).

Conclusão:

o aumento da chance de hospitalização na vigência de falha na tomada de alguma dose da imunoglobulina indica a necessidade de implementação de ações de educação em saúde e busca ativa de crianças faltosas pelos serviços de saúde.

Descritores:
Política de Saúde; Palivizumab; Grupos de Risco; Recém-Nascido; Imunização Passiva.

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