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Estimulação do parto com oxitocina: efeitos nos resultados obstétricos e neonatais

Resumo

Objetivo:

avaliar os efeitos da estimulação do parto com oxitocina nos resultados maternos e neonatais.

Método:

estudo descritivo e analítico, com 338 mulheres que deram à luz em um hospital de nível terciário. Variáveis obstétricas e neonatais foram medidas e comparadas em mulheres com e sem estimulação com oxitocina. Estatísticas foram feitas utilizando-se o teste Qui-quadrado, teste exato de Fisher e o teste t-Student; e as Odds Ratio brutas com intervalo de confiança de 95% foram calculadas. Um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo.

Resultados:

a estimulação com oxitocina aumentou as taxas de cesarianas, anestesia peridural, febre materna intraparto em primíparas e multíparas. Ela também foi associada com baixos valores de pH do cordão umbilical e com uma menor duração da primeira fase do parto em primíparas. No entanto, ela não afetou as taxas de laceração perineal de terceiro e quarto graus, a episiotomia, a reanimação neonatal avançada, o teste de Apgar de 5 minutos e o mecônio.

Conclusão:

a estimulação com oxitocina não deveria ser utilizada de maneira sistemática, mas apenas em casos muito específicos. Estes resultados fornecem evidências adicionais aos profissionais de saúde e às parteiras sobre o uso de oxitocina durante o parto. Em condições normais, as mulheres deveriam ser informadas sobre os possíveis efeitos da estimulação com oxitocina.

Descritores:
Oxitocina; Trabalho de Parto; Recém-Nascido

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