|
Gripe
|
Febre reumática
|
Tuberculose
|
Sífilis
|
Impaludismo (malária)
|
Febre amarela
|
Sinonímia
|
Influenza, gripe espanhola |
Artrite reumática aguda, reumatismo específico- infectuoso |
Consumpção, peste cinzenta, peste branca, tísica pulmonar |
Lues, cancro duro,mal venéreo, cancro profissional, |
Paludismo, maleita, febre terçã, febre quartã, febre palustre |
Tifo icteroide, tifo amaril, mal de Sião, febre das Antilhas |
O que se conhecia em 1919
|
Em 1919, não se conhecia o agente, não havia tratamento, nem vacinas. Naquele ano e no anterior ocorreria uma das maiores pandemias da história, chamada de "gripe espanhola". Essa grande pandemia provocou 20 a 30 milhões de mortes em todo o mundo. |
A hipótese de infecção direta predominava. O salicilato já era utilizado para controle da artrite, porém ainda não havia antibióticos. No início e em meados do século XX era a causa mais comum de doença cardíaca em crianças e jovens. |
Em 1882, R. Koch iso-lou o bacilo e comprovou-o agente etiológico da tuberculose. Em 1919, já se conhe-cia o agente e o caráter contagioso da doença. Os diagnósticos clínico, bacteriológico e anatomopatológico já estavam estabelecidos. Ainda não havia trata- mento específico. |
Em 1905, o agente causal é descrito, três anos depois, o primeiro teste sorológico é desenvolvido por Wasserman. Nesta época, a sífilis era principal causa de doença neurológica e cardiovascular em adultos. Já estava descrito o modo de transmissão. O tratamento era feito com derivados do |
Em 1880 Laveran observou pela primeira vez parasitas vivos no sangue de um doente e descreveu suas formas clínicas. Em 1897 se identificou o parasita em mosquitos, vetor da doença. O modo de transmissão, diagnóstico e tratamento já eram conhecidos. |
Em 1884, a transmissão por mosquito foi comprovada. Em 1903, Oswaldo Cruz combate a febre amarela no Rio de Janeiro, combatendo o mosquito. Em 1919, já se conhecia o modo de transmissão e se supunha a etiologia por um micro-organismo. O diagnóstico era clínico-epidemiológico |
Notas
|
O vírus foi isolado em 1933. Desde a década de 1940, vacinas de vírus inativados vêm sendo utilizadas para determinados segmentos populacionais, e recentemente de modo mais amplo. |
Até meados do século XX, se considerava a hipótese patogenética de infecção direta das válvulas cardíacas e outros tecidos, posteriormente abandona em favor da hipótese imunopatogênica. |
Tornou-se problema de saúde pública na Revolução Industrial. Nos séculos XVII e XVIII era causa de um quarto de todas as mortes. |
A descoberta da penicilina em 1928 e seu uso clínico a partir da década de 1940 tiveram um enorme impacto na incidência , evolução clínica e letalidade pela sífilis |
Permanece no mundo como uma das piores endemias, ainda com altas taxas de morbidade e letalidade. |
O vírus foi isolado em 1927 e o diagnóstico sorológico desenvolvido nos anos 1930, quando uma vacina eficaz tornou-se disponível. |
|
Peste bubônica
|
Cólera morbus (cólera)
|
Lepra. Hanseníase
|
Beribéri
|
Ancilostomíase
|
Cisticercose
|
Sinonímia
|
Peste, peste negra praga |
Cólera |
Hanseníase, mal de Hansen, morféia,la-de- lázaro |
Avitaminose B1, kakké (Japão), per- neiras (Brasil), maladie de jambes (Lousiana) |
Clorose do Egito, anemia dos mineiros, caquexia africana, anemia inter- tropical, amarelão, opilação |
Neurocisticercose |
O que se conhecia em 1919
|
Relatos desde a antiguidade, provocou várias pandemias dramáticas nos últimos dois mil anos. De 1894 a 1897 descobre-se o agente etiológico e que o vetor de transmissão estabelecido é a pulga de ratos. O agente etiológico já era conhecido, assim como o modo de transmissão. O diagnóstico etiológico já era possível. |
Descrita em 1817 por Thomas Sydenham, que a distinguiu de outras diarreias e a denominou cholera morbus. Paccini descreveu o bacilo Vibrio cholerae e em 1 8 5 5 , John Snow demonstrou que era transmitida principalmente através da água. Já estavam estabelecidos a causa, modo de transmissão, diagnóstico e aspectos do tratamento. |
Chamada de "a doença mais antiga do mundo". Em 1874 M. leprae foi o primeiro microrganismo a ser associado a uma doença, por Hansen. O agente causal era conhecido, o diagnóstico era principalmente clínico-epidemiológico, mas o conhecimento anatomopatológico já existia. O tratamento consistia em isolamento dos doentes em leprosários. |
Em 1901, o bériberi é associado à carência de uma "substância" em alguns alimentos, particularmente no arroz polido. Ainda havia disputa entre as teorias "miasmáticas" e ambientais/nutricionais. Não se conhecia o tratamento específico (reposição de vitamina B1) |
Em 1838 há a primeira descrição exata do verme, mas a relação inequívoca com a doença só foi comprovada a partir de 1850. No século XIX ocorreram epidemias na Europa entre trabalhadores de túneis. Já se conhecia o agente causal, modo de transmissão e método diagnóstico (igual ao atual). O tratamento era com extrato de fetomacho, timol e o óleo de quenopódio |
A tení ase e o papel do porco como reservatório do verme eram conhecidos desde a antiguidade. A cisticercose foi descrita em 1555. Entretanto, a conexão entre as duas entidades e a comprovação de que se tratava de um mesmo parasita ocorreu apenas em 1855. |
Notas
|
|
|
O primeiro tratamento específico surgiu somente em 1941, com as sulfonas. |
|
Antiparasitários eficazes só surgiram a partir da segunda metade do século XX. |
O diagnóstico era feito em bases clínicas e epidemiológicas. |