No presente trabalho discute-se uma certa concepção unidirecional que, desde o positivismo lógico, se tem imposto na investigação médico-psiquiátrica. Embora a maioria dos doentes e os pesquisadores insistam em apresentar e/ou estudar as dores e o sofrimento humano a partir das suas características mais incomodas e desagradáveis, esses são fenômenos complexos que não admitem essa única leitura. Um percorrido pela filosofia, a fenomenologia e a psicanálise nos aproximará a possibilidades pouco exploradas pela medicina, para compreender melhor a complexidade do problema além dos sintomas e da neurofisiologia.
Dor; sofrimento; prazer; antropologia médica