Este artigo dedica-se a trabalhar a problemática do efeito do diagnóstico de câncer em pessoas submetidas às técnicas de detecção precoce dessa doença. Ressalta uma especificidade no trabalho clínico psicanalítico, onde a autora introduz uma reflexão a partir do discurso de Freud após os anos 20. Através de algumas noções, tais como o traumatismo, o masoquismo, a repetição, também coloca no centro de sua experiência clínica os conceitos de trauma e clivagem propostos nos últimos textos de Ferenczi. Estes conceitos apóiam a reflexão do autor sobre a complexidade transferencial e contratransferencial do trabalho psicanalítico desenvolvido com o paciente canceroso.