A autora propõe confrontar os dois campos contíguos do feminino e do maternai das considerações freudianas sobre o ''continente negro” que é a fiemini-lidade e da noção de gozo feminino desdobrada por Jacques Lacan. À luz da psico-patologia psicanalítica clínica, este artigo quer salientar que, se o Édipo não faz A Mulher, o fato da devastação que é sua consequência, invade tanto o feminino como o materno. De fato, a parte opaca do prazer da mãe, ou seja, o feminino na mãe, contamina a feminilidade tanto quanto a maternidade de uma mulher, como demonstra a relação devastadora quepode existir entre uma filha e sua mãe.
A questão será, assim, de salientar que, não mais do que tornar-se mulher, tornar-se mãe não é dado des de o início, mas é construído a partir da relação com a linguagem, a fantasia, o gozo e o Outro na figura do amor materno, para cada uma.
Palavras-chave:
Feminino; maternidade; gozo; devastaçâo