O autor apresenta aqui uma reflexão epistemológica a respeito da medicina dita “psicossomática”. A primeira constatação é a desaparição do ensino da psicossomática no Instituto de Chicago onde foi fundado por Franz Alexander. A segunda constatação é a persistência da utilização do termo “fator psíquico” e “medicina psicossomática” enquanto o seu conteúdo, de um ponto de vista científico, ainda não foi suficientemente definido. O espanto que provoca esta situação é abordado a partir da referência a Karl Popper. As apostas que venham a ser discutidas neste contexto remetem a uma mudança do paradigma psicossomático, de acordo com os dados novos do método clínico.
Medicina psicossomática; fatores psíquicos; método clínico; Popper; epistemologia