Este artigo trata de pôr em perspectiva a maior parte dos romances de Mario Vargas Llosa em função do tema da fuga, partindo do fato de que ele pediu a nacionalidade espanhola logo depois de perder as eleições para a Presidência do Peru e de escrever El pez en el agua.
A nossa análise tem a intenção de demonstrar a importância da figura paterna principalmente no sentido da sua ausência e de suas bruscas reaparições – na cristalização sintomática do tema da fuga. É nesse sentido que uma analogia com a posição fóbica, em ralação ao pai ou a seus substitutos, nos pareceu pertinente. Tendo como pivô a análise da forma, do contexto e do conteúdo do seu livro de memórias, este trabalho definiria assim as bases de uma contribuição literária da obra de Vargas Llosa à clínica da fobia.
Fuga; figura paterna; fobia; psicopatologia