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Pecado, crime e patologia: produções discursivas acerca da perversão *1 *1 O artigo foi baseado na tese “As bases narcísicas da perversão: onipotência e recusa da alteridade” (2018), apresentada ao Programa Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica, Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

Sin, crime and pathology: discursive productions on perversion

Péché, crime et pathologie: productions discursives sur la perversion

Pecado, crimen y patología: producciones discursivas acerca de la perversión

Baseando-nos nas análises genealógica e epistemológica propostas por Foucault e Lantéri-Laura, nosso objetivo principal é discernir quais são as principais linhas discursivas que constituíram o saber em torno da perversão, produzindo um sujeito dito perverso. Emerge de maneira fundamental dessa leitura como a ideia de transgressão de limites acompanha a história dos perversos: seja o limite moral imposto pela autoridade divina, seja o limite jurídico determinado pela lei penal, seja o limite do normal definido pela medicina, a perversão sempre aponta para o excesso transgressor. Tais leituras constituem o solo epistemológico sobre o qual Freud se apoia na concepção de uma metapsicologia cujo eixo central é a sexualidade. O discurso freudiano subverte o estatuto da perversão ao afirmá-la como dimensão inescapável da sexualidade e da constituição da subjetividade humana.

Palavras-chave:
Perversão; sexualidade; transgressão; psicanálise


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