O presente trabalho analisa a presença e as consequências de uma das estratégias historiográficas mais importantes das histórias sobre psicanálise oriundas do movimento psicanalítico. Desde os primeiros escritos freudianos sobre a história da psicanálise, em 1914, o conceito de pioneiro tornou-se um conceito-chave como fórmula legitimadora para adeptos das teorias psicanalíticas. É evidente como o uso desse conceito reduz significativamente a multiplicidade da psicanálise como objeto de pesquisa histórica. Por fim, são propostas algumas considerações metodológicas para orientar a psicanálise de uma perspectiva vinculada à história social e cultural dos países em que é recebida.
Palavras-chave:
História; psicanálise; pioneiro; metodologia; história cultural