O autor estuda a evolução da relação entre culpa e vergonha em psicanálise e antropologia entre 1900 e 1980. Devem-se distinguir três períodos: no primeiro, a culpa foi apresentada como mecanismo essencial na construção do sintoma nos indivíduos ocidentais e a vergonha, como prevalente nos não ocidentais. Essa concepção foi criticada nos anos 1960, e agora se reconhece que o sentimento de vergonha está muito mais prevalente do que se acreditava nos ocidentais, e que os sentimentos de culpa têm um significado importante nos sujeitos não ocidentais.
Palavras-chave:
Vergonha; culpabilidade; psicanálise; antropologia; história