O presente trabalho tem como objetivo discutir o atendimento psicanalítico a populações de baixa renda tomando como eixo de reflexão as dificuldades e impasses encontrados quando nos defrontamos com pacientes cujos agenciamentos subjetivos são muito distintos daqueles originariamente teorizados pela psicanálise. Propomos a noção de confusão de línguas, de Ferenczi, para pensar os problemas colocados por diferentes mapas de navegação social em sociedades muito excludentes, ressaltando diferentes dimensões do sofrimento psíquico e colocando em relevo a dimensão psicossocial.
Cultura; psicopatologia; sofrimento psíquico; psicanálise