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“Depressão, transtorno do pânico e fobia social são reais!”. Notas sobre essencialismo, pragmatismo e psicopatologia

“Depression, panic disorder and social phobia are real!”. Notes on Essentialism, Pragmatism and Psychopathology

“La dépression, le trouble panique et la phobie sociale sont réels!”: Notes sur l’essentialisme, le pragmatisme et la psychopathologie

“¡La depresión, el trastorno de pánico y la fobia social son reales!”: Notas sobre esencialismo, pragmatismo y psicopatología

O artigo tematiza a noção de validade diagnóstica na nosologia psicopatológica, de um ponto de vista epistemológico. Argumenta-se que a crise dos modelos operacionais, representados pelos DSMs, se aprofundou nas últimas décadas em virtude da adoção de uma concepção literal de validade, entendida como correspondência entre classificações diagnósticas e propriedades intrínsecas. Tal concepção relega as categorias diagnósticas ao estatuto de tipos artificiais sem substrato ontológico. A partir de autores como Dupré, Rorty, Goodman, Zachar, Agich etc., sugere-se uma recolocação do problema em termos de um nominalismo pragmático. Além de nos deslocar da dicotomia natural/artificial, uma postura nominalista pragmática teria a vantagem adicional de admitir um pluralismo nosológico, que tende a ser incompatível com sistemas classificatórios literais, com pretensões essencialistas.

Palavras-chave
Validade diagnóstica; pragmatismo; essencialismo; pluralismo


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