RESUMO
Objetivo:
O presente estudo teve como objetivo avaliar a presença de helmintos e protozoários intestinais em hortaliças comercializados em Diamantina, um município localizado no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do mundo.
Métodos:
Cento e oito exemplares, incluindo alface, cebolinha e rúcula, foram mensalmente coletados em uma feira livre, uma quitanda e um supermercado do município. As amostras foram processadas por um método de concentração e avaliadas por microscopia óptica para pesquisa de estruturas parasitárias.
Resultados:
O percentual global de contaminação foi de 50,9% (55/108), com predominância de larvas de nematódeos (36,5%), cistos de Entamoeba coli e ovos de ancilostomídeos/Strongyloides spp. (12,9%). A alface demonstrou a maior taxa de contaminação (61,1%) e as amostras da feira livre foram as mais contaminadas (77,8%). Informações coletadas em cada ponto de venda apontaram o cultivo em campo como a etapa crítica para a contaminação.
Conclusão:
Hortaliças comercializadas em Diamantina apresentam uma ampla variedade de parasitas intestinais, o que representa um risco potencial à saúde dos consumidores da área.
Palavras-chave:
Doenças transmitidas por alimentos; Helmintíase; Parasitos; Verduras