RESUMO
Objetivo
Investigar a disponibilidade e preço de alimentos in natura e ultraprocessados em supermercados no período anterior e durante a pandemia de Covid-19 em uma cidade de médio porte de Minas Gerais.
Métodos
Estudo ecológico e longitudinal. Realizou-se amostragem aleatória estratificada proporcional dos supermercados do município. Foi aplicado o questionário ESAO Food Store Observation Tool, o qual avalia a disponibilidade, variedade e preço de alimentos in natura e ultraprocessados, e calculou-se o índice Healthy Food Store Index. As auditorias ocorreram nos meses de dezembro de 2019 e janeiro de 2020 e retornou-se aos estabelecimentos em setembro de 2020. Foram realizados análises descritivas, testes de McNemar, T de Student pareado ou Wilcoxon utilizando-se o software SPSS, versão 20.0, com nível de significância de 5%.
Resultados
Foram avaliados dez supermercados. Os preços da laranja (p=0,012), banana (p=0,043), maçã (p=0,004) e cebola (p=0,004) apresentaram aumento significativo, e uma variedade maior de marcas e sabores de refrigerantes sem açúcar (p=0,044), refresco em pó (p=0,032) e salgadinhos de milho (p=0,015) foram encontradas durante a pandemia. A pontuação do índice Healthy Food Store Index antes da pandemia foi de 9,50 ± 0,85 e durante a pandemia foi de 9,00 ± 1,15.
Conclusão
Foram verificados aumentos nos preços de frutas e legumes e uma maior variedade de alimentos ultraprocessados disponíveis na auditoria feita durante a pandemia. Esses achados contribuem para salientar a importância da avaliação das consequências da pandemia de covid-19 no ambiente alimentar.
Palavras-chave:
Segurança Alimentar e Nutricional; Abastecimento de alimentos; Alimentos; Infecções