RESUMO
Objetivo
A acrilamida é um químico potencialmente neurotóxico e carcinogênico, sendo naturalmente criada durante o processo de aquecimento de alimentos ricos em carboidratos, como batatas fritas e cereais matinais. Dado que o composto pode ser ingerido através do consumo de alimentos, o presente trabalho teve por objetivo investigar o seu efeito, quando administrado oralmente a ratos, medindo-se os níveis plasmáticos de ácido retinoico e α-tocoferol, bem como os níveis séricos de ácido siálico e malondialdeído
Métodos
Foram utilizados cinquenta ratos Wistar, sendo metade de cada sexo, com idade entre três e quatro semanas. Os animais foram divididos em dois grupos, os quais receberam diferentes doses diárias de acrilamida, via água potável, durante noventa dias: o primeiro ingeriu 2mg/kg/dia; e o segundo, 5mg/kg/dia. Ao final do tratamento, os animais foram eutanasiados por meio de luxação cervical. Amostras de sangue foram coletadas através de punção cardíaca, assim como amostras de soro e plasma foram medidas usando-se a técnica de cromatografia líquida de alta performance com detector de Ultravioleta.
Resultados
A análise das amostras de plasma e soro revelou que os níveis de ácido siálico e malondialdeído, em ratos de ambos os sexos tratados com acrilamida de 5mg/kg/dia, foram significativamente aumentados, ao passo que os níveis séricos de ácido siálico foram maiores em ratas tratadas com 2mg/kg/dia de acrilamida. Já os níveis plasmáticos de ácido retinoico e α-tocoferol diminuíram significativamente em ratos de ambos os sexos, quando tratados com a dose mais elevada.Concl
Conclusão
Os resultados mostram que a acrilamida causa um aumento no estresse oxidativo e leva a uma diminuição nos níveis de ácido retinoico e α-tocoferol, que desempenham um papel no mecanismo de defesa contra esse estresse.
Palavras-chave
Acrilamida; Malondialdeído; Ácido retinoíco; Ácido siálico; α-tocoferol