RESUMO:
Objetivo:
O consumo de frutose aumentou em todo o mundo. A ingestão excessiva de frutose tem sido implicada como um fator de risco do aumento da incidência de distúrbios da síndrome metabólica. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo investigar a possível influência de dois métodos diferentes de treinamento físico, contínuo e intervalado, na ingestão de frutose.
Metodos:
Trinta ratas Wistar foram divididas em seis grupos: sedentário + água, sedentário + frutose, treinamento contínuo + água, treinamento intervalado + água, treinamento contínuo + frutose, treinamento intervalado + frutose. A frutose foi dada na água potável (10%). Foram realizadas sessões contínuas (40 minutos a 40% da velocidade máxima) ou intervaladas (28 minutos, 1 minuto a 70%; 3 minutos a 35%) três dias por semana durante oito semanas.
Resultados:
A ingestão de frutose diminuiu a ingestão alimentar, com um aumento concomitante da ingestão hídrica. O treinamento contínuo e intervalado não modificou a ingestão alimentar, mas reduziu progressivamente a ingestão de frutose. Na oitava semana, treinamento intervalado + frutose e treinamento contínuo + frutose beberam menos solução de frutose, 35% e 23%, respectivamente, do que sedentário + frutose.
Conclusão:
Os achados indicam que tanto o treinamento aeróbico contínuo quanto o intervalado parecem modular o comportamento alimentar, possivelmente por meio da mitigação do desejo por sabor doce, sendo o treinamento intervalado mais eficaz para reduzir a ingestão de frutose do que o exercício contínuo.
Palavras-chaves:
Apetite; Exercício físico; Feminino; Frutose