RESUMO
Objetivo
O presente estudo teve como objetivo avaliar a prescrição calórico-proteica em recém-nascidos prematuros, mensurando sua adequação às necessidades individuais.
Métodos
Trata-se de estudo prospectivo, com trinta crianças prematuras de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Tocantins. Foram coletados diariamente dados antropométricos e da terapia nutricional recebida. As necessidades nutricionais foram definidas seguindo as diretrizes nacionais. Considerou-se adequada a oferta calórico-proteica que atingiu 70% das necessidades calculadas. A evolução do estado nutricional foi avaliada pelo indicador peso para idade gestacional. As análises estatísticas foram realizadas no Statistical Package for Social Sciences 20.0, com significância de 5%.
Resultados
As médias das necessidades, da prescrição e da infusão diferiram significantemente entre si. Os valores de calorias e proteínas prescritos e administrados apresentaram inadequação às necessidades calculadas. Não houve diferença significante entre o volume de nutrição prescrito e o administrado. Ao nascer, 30% das crianças eram pequenas, 66,7% adequadas e 3,3% grandes para a idade gestacional. No momento da alta, os percentuais foram, respectivamente, 33,3%, 63,3% e 3,3%, o que indica uma diferença significativa em relação aos valores observados quando do nascimento.
Conclusão
Na unidade estudada, a prescrição e oferta inadequadas de nutrientes são fatores que podem comprometer o estado nutricional dos pacientes, aferido no momento da alta.
Palavras-chave
Recém-nascido prematuro; Terapia nutricional; Estado Nutricional