OBJETIVO: Neste trabalho foi desenvolvido estudo transversal com o objetivo de verificar a prevalência da amamentação em 1 708 crianças menores de dois anos em Campinas, São Paulo. MÉTODOS: As informações sobre idade, sexo, serviço de saúde utilizado e alimentação foram obtidas por entrevistas com mães ou responsáveis durante a Campanha de Multivacinação de 2001. A amamentação foi classificada como exclusiva, predominante (incluindo outros líquidos, exceto leites), complementar (incluindo outros alimentos e/ou leites) e total (soma de exclusivo, predominante e complementar). RESULTADOS: A análise demonstrou que a mediana de amamentação exclusiva foi de 68 dias e a de amamentação total foi de 6,4 meses. No primeiro semestre de vida, 38,1% das crianças estavam em amamentação exclusiva; 23,0% em predominante e 14,9% em complementar. No segundo semestre, 36,5% das crianças recebiam leite materno; no terceiro 26,4% e no quarto 13,9%. Crianças usuárias dos serviços públicos e das unidades locais de saúde apresentaram menor risco de desmame do que as usuárias dos serviços privados e de serviços não locais (p<0,005). CONCLUSÃO: Salienta-se a necessidade de estabelecimento de metas visando à amamentação exclusiva até seis meses de idade e total até dois anos ou mais, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
aleitamento materno; cuidados primários de saúde; saúde infantil