Resumo
A espécie Cissus erosa (Vitaceae) conhecida popularmente, no Brasil, como Cipó fogo é uma planta medicinal empregada no tratamento de verrugas e úlceras externas. O presente estudo objetivou a avaliação da atividade antiviral frente a Dengue e Zika virus dos extratos etanólicos de caules e de folhas desta espécie pelo método colorimétrico do MTT e determinar a caracterização fitoquímica por cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a espectrometria de massa destes extratos (CLUE-EM). Os extratos apresentaram atividade antiviral e baixa citotoxicidade. O extrato de folhas apresentou CC50 > 500 µg/ml para células LLCMK2 e CE50 = 18,2 µg/mL, IS > 27,5 contra o Dengue virus 2 (DENV 2). Ambos os extratos (caules e folhas) apresentaram atividade anti-Zika virus com CE50 de 45,8 µg/ml e 82,8 µg/ml, respectivamente. Os extratos apresentaram CC50 de 309,2 µg/ml (folhas) e 387,6 µg/ml (caules) para células Vero. Nas análises por CCD e CLAE-DAD detectou-se a presença de triterpenos, esteroides, flavonoides e taninos. Análises por CLUE-EM dos extratos permitiram a identificação parcial dos flavonoides majoritárias destes extratos como sendo, vitexina, isovitexina, orientina, isoorientina, luteolina-7,4’-di-O-glicosilflavona, metoxiluteolia-6(8)-C-hexosil. Os resultados dos estudos fitoquímicos até o momento sugerem que flavonoides e terpenoides são os constituintes majoritários dos extratos etanólicos destas espécies e devem contribuírem para a atividade antiviral observada in vitro.
Palavras-chave:
atividade antiviral; Dengue virus; flavonoides; Zika virus
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