Acessibilidade / Reportar erro

Composição florística e fisionomia de floresta estacional semidecídua submontana na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil1 1 Parte da dissertação de Mestrado em Botânica da primeira autora.

Floristic composition and physiognomy of a submontane seasonal semi-deciduous forest on Chapada Diamantina, Bahia, Brazil

Resumo

O estudo visou conhecer a composição florística e descrever a fisionomia de um trecho de floresta estacional semidecídua submontana e investigar as relações florísticas na Chapada Diamantina. A fisionomia foi caracterizada pelo perfil e hábitos das espécies. Foram identificadas 117 espécies de 85 gêneros em 49 famílias. Alguns táxons mais ricos em espécies são recorrentes em outras florestas estudadas no Brasil, destaque às famílias Fabaceae, Myrtaceae, Lauraceae e Apocynaceae, e aos gêneros Ocotea, Myrcia, Casearia e Inga. O dossel apresenta árvores de 10 a 16 m de altura, destacando-se Micropholis gardneriana e Pogonophora schomburgkiana, com emergentes até 26 m de altura. O subdossel é formado por indivíduos com 6 a 9 m de altura, representado pela grande maioria das espécies de árvores. O sub-bosque é formado, em sua maioria, por indivíduos jovens das espécies dos estratos superiores, espécies de Rubiaceae e Melastomataceae e Parodiolyra micrantha (Poaceae). Comparações com outras florestas revelaram táxons de maior constância relativa e maior riqueza do componente arbóreo na Chapada Diamantina: Myrtaceae, Fabaceae, Anacardiaceae, Apocynaceae, Sapotaceae, Simaroubaceae, Calyptranthes, Pouteria, Simarouba, Tapirira, Clusia, Miconia, Myrcia e Protium. O estudo revelou distinção entre a floresta estacional semidecídua submontana e as demais formações florestais da Chapada Diamantina, reforçando a necessidade de ampliação dos estudos florísticos e estruturais dessas florestas.

Palavras-chave:
fitogeografia; similaridade; semi-árido

Abstract

This study surveyed floristic composition and physiognomy of an area of submontane seasonal semi-deciduous forest and examine floristic relationships on the Chapada Diamantina. Angiosperm species were collected monthly in 2004 and from May 2006 to August 2007. Physiognomy was characterized by the profile and species' habit. A total of 117 species belonging to 85 genera and 49 families were identified. Some of the more species-rich taxa are recurrent in other forests in Brazil, especially the families Fabaceae, Myrtaceae, Lauraceae and Apocynaceae, and the genera Ocotea, Myrcia, Casearia and Inga. The canopy consists of trees 10-16m tall, such as Micropholis gardneriana (Sapotaceae) and Pogonophora schomburgkiana (Euphorbiaceae) with 26-meter-tall emergents. The sub-canopy is located approximately 6-9 m above the forest floor and contains most of the tree species. The understory is composed mostly of saplings of the species that form the upper strata, species of the families Rubiaceae and Melastomataceae and Parodiolyra micrantha (Poaceae). Comparing with other forests showed taxa previously found on the Chapada Diamantina, indicating greater consistency and greater richness of the tree component on the Chapada: Myrtaceae, Fabaceae, Anacardiaceae, Apocynaceae, Sapotaceae, Simaroubaceae, Calyptranthes, Pouteria, Simarouba, Tapirira, Clusia, Miconia, Myrcia and Protium. The study indicated a distinction between Submontane Seasonal Forest and other forest formations on the Chapada, showing the need for more floristic and structural studies there.

Key words:
fitogeography; similarity; semiarid

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

  • 1
    Parte da dissertação de Mestrado em Botânica da primeira autora.

Referências

  • APG - The Angiosperm Phylogeny Group. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society 141: 399-436.
  • Cardoso, D.B.O.S. & Queiroz, L.P. 2008. Floristic composition of seasonally dry tropical forest fragments in Central Bahia, Northeastern Brazil. Journal of the Botanical Research Institute of Texas 2: 551-573.
  • Cardoso, D.B.O.S.; França, F.; Novais, J.S.; Ferreira, M.H.S.; Santos, R.M.; Carneiro, V.M.S. & Gonçalves, J.M. 2009. Composição florística e análise fitogeográfica de uma floresta semidecídua na Bahia, Brasil. Rodriguésia 60: 1055-1076.
  • Couto, A.P.L. 2008. Composição florística e estrutura de uma floresta estacional submontana, Parque Nacional da Chapada Diamantina, Lençóis, Bahia, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 51p.
  • Diegues, A.C. & Arruda, R.S.V. 2001. Saberes tradicionais e biodiversidade no Brasil. Biodiversidade Vol. 4. Ministério do Meio Ambiente, Brasília; USP, São Paulo. 176p.
  • Franca Rocha, W.J.S.; Juncá, F.A.; Chaves; J.M. Funch, L.S. 2005. Considerações finais e recomendações para conservação. In: Juncá, F.A.; Funch, L. & Franc Rocha, W.J.S. (ed.). Biodiversidade e conservação da Chapada Diamantina. Ministério do Meio Ambiente, Brasília. Pp. 409-435.
  • Ferraz, E.M.N.; Araújo, E.L. & Silva, S.I. 2004. Floristic similarities between lowland and montane areas of Atlantic Coastal Forest in Northeastern Brazil. Plant Ecology 174: 59-70.
  • Funch, L.S. 1997. Composição florística e fenologia de mata ciliar e mata de encosta adjacentes ao rio Lençóis, Lençóis, Bahia. Tese de Doutorado. UNICAMP, Campinas. 298p.
  • Funch, L.S. 2008. Florestas da região norte do Parque Nacional da Chapada Diamantina e seu entorno. In: Funch L.S.; Funch, R.R. & Queiroz L.P. Serra do Sincorá - Parque Nacional da Chapada Diamantina. Ed. Radam, Feira de Santana. Pp. 63-77.
  • Funch, L.S.; Funch, R.R. & Barroso, G.M. 2002. Phenology of gallery and montane forest in the Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Biotropica 34: 40-50.
  • Funch, L.S.; Funch, R.R.; Harley, R.; Giulietti, A.M.; Queiroz, L.P.; França, F.; Melo, E.; Gonçalves, C.N. & Santos, T. 2005. Florestas estacionais semideciduais. In: Juncá, F.A.; Funch, L. & Rocha, W. (ed.). Biodiversidade e conservação da Chapada Diamantina. Ministério do Meio Ambiente, Brasília. Pp. 181-193.
  • Funch, L.S.; Rodal, M.J.N. & Funch, R.R. 2008. Floristic aspects of the forests of the Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. In: Thomas, W. & Briton, E.G. (org.). The Atlantic Coastal Forest of Northeastern Brazil. Mem. of the New York Botanical Garden Press 100: 193-220.
  • Funch, R.R.; Harley, R.M. & Funch, L.S. 2009. Mapping and evaluation of the state of conservation of the vegetation in and surrounding the Chapada Diamantina National Park, ne Brazil. Biota Neotropica 9: 11-12.
  • Guedes, M.L.S & Orge, M.D.R. 1998. Checklist das espécies vasculares do morro do Pai Inácio (Palmeiras) e Serra da Chapadinha (Lençóis), Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. EDUFBA, Salvador. 68p.
  • Harley. R.M. 1995. Introdução. In: Stannard, B.L. (ed.). Flora of the Pico das Almas, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Royal Botanic Gardens, Kew. Pp. 43-78.
  • Ivanauskas, N.M.; Rodrigues, R.R. & Nave, A.G. 1999. Fitossociologia de um trecho de floresta estacional semidecidual em Itatinga, São Paulo, Brasil. Scientia Forestalis 56: 83-99.
  • Ivanauskas, N.M.; Monteiro, R.; Rodrigues, R.R. 2000. Similaridade florística entre áreas de Floresta Atlântica no estado de São Paulo. Brazilian Journal of Ecology 1-2: 71-81.
  • Jesus, E.F.; Falk, F.H. & Marques, T.M. 1985. Caracterização geográfica e aspectos geológicos da Chapada Diamantina, Bahia. Centro Editorial e Didático da Bahia, Salvador. 50p.
  • Kamino, L.H.Y.; Oliveira-Filho, A.T. & Stehmann, J.R. 2008. Relações florísticas entre as fitofisionomias florestais da Cadeia do Espinhaço, Brasil. In: Megadiversidade Cadeia do Espinhaço: avaliação do conhecimento científico e prioridade de conservação. Vol. 4, no 1-2. Conservação Internacional. Pp. 39-77.
  • Kershaw, K.A. & Looney, J.H.H. 1985. Quantitative and dynamic plant ecology. Edward Arnold, London. 282p.
  • Leitão-Filho, H.F. 1987. Considerações sobre a florística de florestas tropicais e sub-tropicais do Brasil. IPEF 35: 41-46.
  • Leitão Filho, H. F. 1992. A flora arbórea da Serra do Japi. In: Morellato, L.P.C. (org.). História natural da Serra do Japi: Ecologia e preservação de uma área florestal no sudeste do Brasil. Editora da Unicamp/ Fapesp, Campinas, Pp. 40-62.
  • Marangon, L.C. 1999. Florística e fitossociologia de área de floresta estacional semidecidual visando dinâmica de espécies florestais arbóreas no município de Viçosa, MG. Tese de Doutorado. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos. 135p.
  • Marangon, L.C.; Soares, J.J. & Feliciano, A.L.P. 2003. Florística arbórea da Mata da Pedreira, município de Viçosa, Minas Gerais. Revista Árvore 27: 207-215.
  • Meira-Neto, J.A.A.; Bernacci, L.C.; Grombone, M.T.; Tamashiro, J.Y. & Leitão-Filho, H.F. 1989. Composição florística da floresta semidecídua de altitude do Parque Municipal da Grota Funda (Atibaia, estado de São Paulo). Acta Botanica Brasilica 3: 51-74.
  • Morellato, L.P.C. & Haddad, C.F.B. 2000. Introduction: The Brazilian atlantic forest. Biotropica 32: 786-792.
  • Mori, S.A.; Silva, L.A.M.; Lisboa, G. & Coradin, L. 1989. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. CEPEC/CEPLAC, Ilhéus. 104p.
  • Müeller-Dombois, D. & Ellenberg, H. 1974. Aims and methods of vegetation ecology. New York, Wiley.
  • Nascimento, F.H.F. 2009. As florestas alto montanas nordestinas, sul da Chapada Diamantina, Bahia: florística, estrutura e relações biogeográficas. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana . 250p.
  • Neves, M.L.C. 2005. Caracterização da vegetação de um trecho de mata atlântica de encosta na Serra da Jibóia, Bahia. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 101p.
  • Oliveira, R.J. 2006. Variação da composição florística e da diversidade alfa das florestas atlânticas no estado de São Paulo. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 144p.
  • Oliveira-Filho, A.T.; Vilela, E.A.; Gavilanes, M.L. & Carvalho, D.A. 1994. Comparison of the woody flora and soils of six areas of montane semi-deciduous forest in southern Minas Gerais, Brazil. Edinburgh Journal of Botany 51: 355- 389.
  • Oliveira-Filho, A.T. & Fluminhan-Filho, M. 1999. Ecologia da vegetação do Parque Florestal Quedas do Rio Bonito. Cerne 5: 52-64.
  • Oliveira-Filho, A.T. & Fontes, M. A. 2000. Patterns of floristic differentiation among Atlantic forests in Southeastern Brazil and the influence of climate. Biotropica 32: 793-810.
  • Oliveira-Filho, A.T.; Jarenkow, J.A. & Rodal, M.J.N. 2005a. Floristic relationships of seasonally dry forests of eastern South America based on tree species distribution patterns. In: Pennington, R.T.; Lewis, G.P. & Ratter, J.A. (orgs.). Neotropical savannas and dry forests: plant diversity, biogeography, and conservation. CRC Press, Boca Raton. Pp. 151-184.
  • Oliveira-Filho, A.T.; Tameirão-Neto, E.; Carvalho, W.A.C.; Werneck, M.; Brina, A.E.; Vidal, C.V.; Rezende, S.C. & Pereira, J.A.A. 2005b. Análise florística do compartimento arbóreo de áreas de floresta atlântica sensu lato na região das bacias do leste (Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro). Rodriguésia 56: 185-235.
  • Peixoto, G.L.; Martins, S.V.; Silva, A.F. & Silva, E. 2005. Estrutura do componente arbóreo de um trecho de floresta atlântica na Área de Proteção Ambiental da Serra da Capoeira Grande, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica. 19: 539-547.
  • RADAMBRASIL. 1981. Levantamento de recursos naturais. Folha SD.24 - Salvador. Geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Ministério das Minas e Energia, Rio de Janeiro. 624p.
  • Ribeiro-Filho, A.A.; Funch, L.S. & Rodal. M.J.N. 2009. Composição florística da Floresta Ciliar do Rio Mandassaia, Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Rodriguésia 60: 265-276
  • Ribeiro, J.E.L.S.; Hopkins, M.J.G.; Vicentini, A.; Sotheres, C.A.; Costa, M.A.S.; Brito, J.M.; Souza, M.A.; Martins, L.H.P.; Lohmann, L.G.; Assunção, P.A.C.L.; Pereira, E.C.; Silva, C.F.; Mesquita, M.R. & Procópio, L.C. 1999. Flora da Reserva Ducke: Guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta da terra-firme na Amazônia Central. INPA, Manaus. 800p.
  • Rizzini, C.T. 1997. Tratado de fitogeografia de Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. Âmbito Cultural, Rio de Janeiro. 747p.
  • Rodal, M.J.N.; Lucena, M.F.A.; Andrade, K.V.S.A. & Melo, A.L. 2005. Mata do Toró: uma floresta estacional semidecidual de terras baixas no nordeste do Brasil. Hoehnea 32: 283-294.
  • Santos, K. & Kinoshita, L.S. 2003. Flora arbustivoarbórea do fragmento de floresta estacional semidecidual do Ribeirão Cachoeira, município de Campinas, SP. Acta Botanica Brasilica 17: 325-341.
  • Salis, S.M.; Shepherd, G.J. & Joly, C.A. 1995. Floristic comparison of mesophytic semi- deciduous forests of the interior of the state of São Paulo, southeast Brazil. Vegetatio 119: 155-164.
  • Scudeller, V.V.; Martins, F.R. & Shepherd G.J. 2001. Distribution and abundance of arboreal species in the atlantic ombrophilous dense forest in Southeastern Brazil. Plant Ecology 152: 185-199.
  • SEIA. Sistema Estadual de Informações Ambientais da Bahia. 2010. Unidades de Conservação - APA Marimbus/Iraquara. Disponível em <http://www.seia.ba.gov.br/seuc/unidades>. Acesso em 17 out 2010.
    » http://www.seia.ba.gov.br/seuc/unidades
  • Siqueira, M.F. 1994. Análise florística e ordenação de espécies arbóreas da Mata Atlântica através de dados binários. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 143p.
  • Sousa, A.E.A. 2007. Composição florística e estrutura de uma mata de encosta, Serra da Bacia, Parque Nacional da Chapada Diamantina, Palmeiras, Bahia, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana.
  • Souza, J.S.; Espírito-Santo, F.D.B.; Fontes, M.A.L.; Oliveira-Filho, A.T. & Botezelli. L. 2003. Análise das variações florísticas e estruturais da comunidade arbórea de um fragmento de floresta semidecídua às margens do Rio Capivari, Lavras - MG Revista Árvore 27: 185-206.
  • Stradmann, M.T.S. 1997. Composição florística de um trecho de mata ciliar da Trilha do Brotão e estudo quantitativo do estrato arbóreo-arbustivo. Rio Ribeirão Parque Nacional a Chapada Diamantina, Bahia - Brasil. Monografia de conclusão de curso. UFBA, Salvador.
  • Stradmann, M.T.S. 2000. Composição florística da mata ciliar da foz do Rio Capivara e análise quantitativo do estrato arbustivo-arbóreo. Rio Ribeirão Parque Nacional a Chapada Diamantina. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Bahia, Salvador. 130p.
  • Torres, R.B.; Martins, F.R. & Gouvêa, L.S.K. 1997. Climate, soil and tree flora relationships in forests in the state of São Paulo, southeastern Brazil. Revista Brasileira de Botânica 20: 41-49.
  • Veloso, H.P.; Rangel-Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação brasileira adaptada a um sistema universal. IBGE, São Paulo.
  • Veloso, H.P.; Rangel-Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A. 1992. Manual técnico da vegetação brasileira. IBGE, Rio de Janeiro. 92p.
  • Udulutsch, R.G.; Assis, M.A. & Picchi, D.G. 2004. Florística de trepadeiras numa floresta estacional semidecídua, Rio Claro - Araras, estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 27: 125-134.
  • Yamamoto, L.F.; Kinoshita, L.S. & Martins, F.R. 2005. Florística dos componentes arbóreo e arbustivo de um trecho da Floresta Estacional Semidecídua Montana, município de Pedreira, estado de São Paulo. Revista Brasileira de Botânica 28: 191-202.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Apr-Jun 2011

Histórico

  • Recebido
    22 Out 2010
  • Aceito
    03 Fev 2011
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Rua Pacheco Leão, 915 - Jardim Botânico, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21)3204-2148, Fax: (55 21) 3204-2071 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rodriguesia@jbrj.gov.br