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Zooming in on quartzitic outcrops: micro-habitat influences on flora and vegetation

Resumo

A vegetação de afloramentos rochosos é reconhecida mundialmente pela biodiversidade e singularidade de sua flora. O Campo Rupestre forma mosaicos hiperdiversos em ambientes rochosos distribuídos ao longo de um amplo gradiente latitudinal e altitudinal, com altas taxas de substituição de espécies em macro e microescalas. Em macroescala, os biomas adjacentes, clima e formações geológicas influenciam as taxas de substituição de espécies, enquanto os micro-habitats parecem influenciar as peculiaridades do Campo Rupestre em microescala. Este estudo foi realizado no município de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. Visamos avaliar como os micro-habitats de afloramentos rochosos quartzíticos determinam a composição florística e os atributos funcionais considerando dois habitats principais: superfície superior, com rocha exposta, depressões rasas e poças efêmeras; e superfície lateral, com fendas e fissuras. Espécies vasculares e suas respectivas formas de vida e cobertura foram registradas em 18 parcelas. Identificamos 71 espécies pertencentes a 31 famílias. O espectro florístico e a composição de espécies foram similares entre os habitats. Não houve diferença significativa entre os espectros vegetacionais. Entretanto, hemicriptófitas foram ligeiramente dominantes na superfície superior e caméfitas, na lateral. Compreender as adaptações das plantas a esses ambientes fornece informações sobre os mecanismos subjacentes à heterogeneidade geomorfológica nas comunidades vegetais.

Palavras-chave
espectro biológico; flora brasileira; Campo Rupestre; formas de vida; Quadrilátero Ferrífero

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