Acessibilidade / Reportar erro

Asteraceae family: a review of its allelopathic potential and the case of Acmella oleracea and Sphagneticola trilobata

Resumo

A família Asteraceae figura como um interessante alvo para a busca de alternativas naturais para proteção das safras. Muitas espécies da família Asteraceae crescem como plantas daninhas, e são capazes de influenciar o desenvolvimento de outras espécies através do fenômeno de alelopatia. Sendo assim, o propósito desta revisão é investigar na literatura os principais gêneros e espécies da família Asteraceae envolvidos com potencial alelopático ou fitotóxico, bem como as classes de metabólitos secundários responsáveis por tal atividade. Artemisia, Ambrosia, Bellis, Bidens, Helianthus e Tagetes foram identificados como os principais gêneros com atividade alelopática ou fitotóxica. Dentre os metabólitos secundários da família, terpenos, poliacetilenos, saponinas, lactonas sesquiterpênicas, ácidos fenólicos e flavonoides foram descritos como os responsáveis pela inibição do desenvolvimento de outras espécies vegetais. Além disso, o potencial fitotóxico de Acmella oleracea e Sphagneticola trilobata contra as espécies daninhas Calopogonium mucunoides e Ipomoea purpurea foi descrito pela primeira vez. Na concentração de 0,2 mg/mL, todas as frações de A. oleracea inibiram acima de 60% do crescimento das raízes de C. mucunoides. E o extrato hidroalcóolico e as frações de S. trilobata, com exceção da hexânica, afetaram significativamente o crescimento das raízes de I. purpurea, com variação do efeito de inibição de 38 ± 14% a 59 ± 8%, em diferentes concentrações (0,19 mg/mL a 1,13 mg/mL).

Palavras-chave
Calopogonium mucunoides; ácidos graxos; Ipomoea purpurea; ácidos fenólicos; fitotoxicidade; sinergismo

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Rua Pacheco Leão, 915 - Jardim Botânico, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21)3204-2148, Fax: (55 21) 3204-2071 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rodriguesia@jbrj.gov.br