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Ethnopharmacology: a laboratory science?

Resumo

Em 1962, Richard Evans Schultes define a Etnobotânica como “...o estudo das relações que existem entre povos de uma sociedade primitiva e seu ambiente vegetal”. A Etnofarmacologia, como uma subárea da Etnobotânica, vem recebendo diversos conceitos ao longo do tempo. A partir dos anos 80, começa a ficar implícito nestes conceitos a necessidade de validação dos conhecimentos tradicionais/populares pelos estudos farmacológicos e fitoquímicos. De acordo com essas ideias e conceitos, plantas ou animais identificados durante o trabalho de campo deveriam ser investigados por essas ciências para provar ou refutar seu uso “empírico”, só resultando em um estudo etnofarmacológico se fossem submetidas às metodologias da “ciência acadêmica laboratorial”. A trajetória histórica desses conceitos nos faz pensar que a etnofarmacologia só é ciência se testada e comprovada, não enxergando ou reconhecendo o conhecimento das outras culturas, como uma ciência em si. Nesse contexto, apresentamos alguns exemplos práticos da medicina tradicional, com a esperança de trazer uma reflexão conceitual, holística, prática e ética sobre o tema.

Palavras-chave:
estudo etnofarmacológico; estudo de campo; ciência laboratorial; estudo laboratorial; comprovação científica

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