Verbenaceae no Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil

Verbenaceae in the Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brazil

Resumo

Apresenta-se um tratamento florístico de Verbenaceae no Parque Nacional da Serra da Canastra, localizado no sudoeste do estado de Minas Gerais, com vegetação representada predominantemente pelos cerrados e campos rupestres. No total, foram registrados oito táxons pertencentes a três gêneros: Lippia filifolia, L. lupulina, L. nana, L. rotundifolia, L. sericea, Petrea volubilis, Stachytarpheta longispicata subsp. brevibracteata e Stachytarpheta sp., que possivelmente trata-se de uma nova espécie. Para reconhecimento dos táxons são apresentadas descrições, chave de identificação, fotografias, comentários taxonômicos e de distribuição geográfica.

Palavras chave:
campo rupestre; Cerrado; conservação; Lamiales

Abstract

A floristic treatment is presented for the Verbenaceae in the Parque Nacional da Serra da Canastra, southwest of Minas Gerais, with vegetation represented predominantly by cerrados and campos rupestres. In total, eight taxa belonging to three genera were recorded: Lippia filifolia, L. lupulina, L. nana, L. rotundifolia, L. sericea, Petrea volubilis, Stachytarpheta longispicata subsp. brevibracteata and Stachytarpheta sp., which is possibly a new species. In order to recognize these taxa, descriptions of the species, identification key, pictures, geographic distribution, ecological and taxonomic comments are presented.

Key words:
campo rupestre; Cerrado; conservation; Lamiales

Introdução

Verbenaceae J.St-Hil. compreende 34 gêneros e cerca de 1.200 espécies amplamente distribuídas na Região Neotropical, com poucos representantes na África, Ásia, Europa e Oceanina (Atkins 2004). Inferências filogenéticas associadas ao padrão de distribuição geográfica da família evidenciaram que a linhagem possivelmente se originou nas florestas tropicais da América do Sul (Marx et al. 2010), após a separação da Gondwana há 100 Ma (Scotese et al. 1988; Olmstead 2012). Além disso, foram inferidos seis posteriores eventos de colonização originando os táxons do Velho Mundo (Marx et al. 2010).

As espécies de Verbenaceae apresentam grande diversidade de hábitos, desde herbáceo até arbóreo, sendo mais frequentes espécies arbustivas, e mais raramente lianas (Atkins 2004; Marx et al. 2010); possuem ramos cilíndricos ou tetragonais, folhas simples, opostas ou verticiladas, raro alternas, frequentemente com margens crenadas, com inflorescências racemosas; brácteas verdes ou róseas; flores monoclinas ou diclinas, sésseis ou pediceladas, zigomorfas, raro actinomorfas; cálice gamossépalo, tubuloso ou campanulado; corola gamopétala, 4-5-mera; estames 4-5, geralmente didínamos, ou 2 férteis e 2 estaminódios; gineceu 2-4 carpelar, 1-carpelar por aborto, ovário súpero, óvulos 1 por lóculo, estilete terminal, estigma lateral, decorrente. Fruto do tipo drupa ou esquizocarpo (Atkins 2004).

O Brasil apresenta 15 gêneros e cerca de 290 espécies, das quais mais de 180 são endêmicas (BFG 2018), sendo o Cerrado o principal centro de diversidade da família, destacando-se os gêneros Lippia L. e Stachytarpheta Vahl com altos índices de endemismo (BFG 2018). O domínio do Cerrado é considerado um hotspot prioritário para a conservação da biodiversidade mundial, pois apresenta elevado número de espécies raras e endêmicas, e vem sofrendo rápida redução de sua extensão ao longo dos anos (Myers et al. 2000), restando apenas 19,8% da vegetação original intacta (Strassburg et al. 2017). As ameaças à biota do Cerrado estão relacionadas principalmente a expansão do agronegócio, resultando em paisagens altamente fragmentadas (Klink & Machado 2005). Estima-se que, se o desmatamento do Cerrado mantiver o ritmo atual até 2050, mais de 1.100 plantas endêmicas poderão ser extintas (Strassburg et al. 2017).

Estudos taxonômicos constituem uma importante fonte de informações para a conservação da biodiversidade (GSPC 2006). Em áreas do domínio do Cerrado, a família Verbenaceae foi abordada em tratamentos para Minas Gerais nas regiões da Serra do Cipó (Salimena-Pires & Giulietti 1998) e Grão-Mogol (Salimena & Silva 2009), e para o Distrito Federal (Salimena et al. 2015), Goiás e Tocantins (Salimena et al. 2016). Para a Floresta Atlântica, tratamentos foram conduzidos no Parque Estadual do Ibitipoca (Cruz & Salimena 2017), Serra Negra (Cardoso et al. 2018) e Parque Estadual da Serra do Papagaio (Cardoso et al. 2019), regiões localizadas na Serra da Mantiqueira. Estes estudos confirmam a maior representatividade de Verbenaceae nas formações rupestres do Brasil.

Em Minas Gerais, o Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC) está representado por várias fitofisionomias típicas do Cerrado e tem sido alvo de estudos florísticos (p. ex. Romero & Nakajima 1999; Nakajima & Semir 2001; Romero & Martins 2002; Farinaccio & Mello-Silva 2004; Scudeller 2004; Pontes & Mello-Silva 2005; Filardi et al. 2007; Carvalho-Silva & Guimarães 2009; Hemsing & Romero 2010; Carvalho et al. 2013; Morokawa et al. 2013) que demonstram uma flora bastante diversa e com altos índices de endemismo. Dando continuidade a estes estudos, apresenta-se o tratamento florístico dos táxons de Verbenaceae que ocorrem no PNSC, contribuindo para o seu manejo, e a conservação dos cerrados e campos rupestres de Minas Gerais. São fornecidas descrições dos táxons, chave de identificação, fotografias, informações sobre os habitats de ocorrência, comentários taxonômicos e de distribuição geográfica.

Material e Métodos

O Parque Nacional da Serra da Canastra está inserido no domínio do Cerrado, na região sudoeste do estado de Minas Gerais, abrangendo uma área de 200.000 ha nos municípios de São Roque de Minas, Delfinópolis, Sacramento, Vargem Bonita, São João Batista do Glória e Capitólio (20°00’-20º30’ S e 46°15’-47º00’ W) sendo que apenas 71.525 ha estão com a situação fundiária regularizada (IBAMA 2005). Localiza-se em uma zona de transição climática entre o subtropical moderado úmido Cwb e o subtropical úmido Cwa (Köppen 1931), com cotas altimétricas que variam entre 800 e 1200 m. A vegetação está representada pelos campos rupestres, campos limpos, campos sujos, cerrado stricto sensu, matas de galerias, matas de encosta, capões e campos úmidos (Fig. 1) (IBDF 1981; Romero & Nakajima 1999).

Figura 1
a-d. Fitofisionomias da área de estudo - a. campo limpo; b. Cerrado sensu stricto; c-d. campo rupestre.
Figure 1
a-d. Phytophysiognomies of the study area - a. campo limpo; b. Cerrado sensu stricto; c-d. campo rupestre.

Para o tratamento taxonômico foram analisadas as coleções de Verbenaceae dos herbários BHCB, CESJ, HUEFS, HUFU e SPF (siglas segundo Thiers 2018), onde estão depositados os materiais relacionadas ao projeto “Flora do Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil” desenvolvido pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Foram também realizadas duas expedições ao PNSC para observação e coleta dos táxons. A identificação foi realizada por meio de literatura especializada (Atkins 2005; Rueda 1994; Salimena et al. 2015, 2016) e a terminologia morfológica das descrições está de acordo com Radford et al. (1974), Harris & Harris (2001) e Gonçalves & Lorenzi (2007). O material examinado está apresentado em ordem alfabética de municípios ou localidades específicas, e em ordem cronológica no caso de haver mais de um material nestas condições.

Resultados e Discussão

Verbenaceae está representada no PNSC por oito táxons reunidos em três gêneros: Lippia filifolia Mart. & Schauer, L. lupulina Cham., L. nana Schauer, L. rotundifolia Cham., L. sericea Cham., Petrea volubilis L., Stachytarpheta longispicata subsp. brevibracteata (Moldenke) S. Atkins e Stachytarpheta sp., possivelmente tratando-se de uma nova espécie. Os representantes de Lippia e Stachytarpheta são encontrados na área de estudo em campo limpo, campo sujo e campo rupestre, enquanto P. volubilis em bordas de mata de galeria.

Importantes estudos com enfoque taxonômico para a família Verbenaceae no estado de Minas Gerais foram conduzidos em regiões da Serra do Espinhaço (Salimena-Pires & Giulietti 1998; Salimena & Silva 2009) e da Serra da Mantiqueira (Cruz & Salimena 2017; Cardoso et al. 2018; Cardoso et al. 2019). Para a Serra do Cipó (Salimena-Pires & Giulietti 1998) e Grão-Mogol (Salimena & Silva 2009), áreas também situadas no domínio do Cerrado foram registrados treze táxons. Já os estudos realizados no domínio Atlântico revelaram a ocorrência de cinco espécies para a Serra Negra (Cardoso et al. 2018); oito no Parque Estadual do Ibitipoca - PEIB (Cruz & Salimena 2017); e dez no Parque Estadual da Serra do Papagaio - PESP (Cardoso et al. 2019). Embora a riqueza específica do PNSC, seja inferior a do PESP e igual a do PEIB, nenhuma espécie ruderal foi encontrada no presente estudo, ao passo que Lantana camara L., L. fucata Lindl. e Verbena litoralis Kunth, consideradas ruderais (Lorenzi 1991) ocorrem no PEIB e PESP (Cruz & Salimena 2017; Cardoso et al. 2019).

A composição dos táxons da família Verbenaceae no PNSC é bastante singular. As únicas espécies compartilhadas com as áreas já estudadas em Minas Gerais são L. lupulina e L. rotundifolia. Ambas ocorrem também na Serra do Cipó (Salimena-Pires & Giulietti 1998) e PESP (Cardoso et al. 2019), e somente L. lupulina no PEIB (Cruz & Salimena 2017) e L. rotundifolia em Grão-Mogol (Salimena & Silva 2009). A Serra Negra, totalmente inserida no domínio Atlântico, não compartilha nenhuma espécie com o PNSC (Cardoso et al. 2018). Desta forma, o presente estudo corrobora a relevante representatividade de espécies Verbenaceae com distribuição restrita ao Cerrado (Salimena et al. 2014).

Com exceção de P. volubilis e L. lupulina, todos os demais táxons são endêmicos do Brasil (Rueda 1994; BFG 2018). L. filifolia, L. nana, L. sericea e S. longispicata subsp. brevibracteata ocorrem exclusivamente nos cerrados e campos rupestres das regiões Centro-Oeste e Sudeste (Salimena et al. 2015, 2016; BFG 2018). L. rotundifolia está distribuída na Bahia, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, preferencialmente em áreas do Cerrado, mas também com registros para a Floresta Atlântica (Salimena et al. 2015, 2016; BFG 2018; Cardoso et al. 2020). O novo táxon identificado neste estudo, Stachytarheta sp., aparentemente é endêmico do PNSC, corroborado pelos altos níveis de endemismo apresentados para a região da Cachoeira dos Rolinhos e Chapadão do Diamante onde é encontrado (Romero & Nakajima 1999).

Chave de identificação para os táxons de Verbenaceae do Parque Nacional da Serra da Canastra

• 1. Lianas; flores com cálice lilás, maior do que a corola 6. Petrea volubilis

• 1’. Arbustos ou subarbustos; flores com cálice verde, menor do que a corola 2

  • 2. Corola azul ou vinho, androceu com 2 estames férteis e 2 estaminódios 3

  • 2’. Corola amarela, lilás ou rósea, androceu com 4 estames férteis 4

    • 3. Folhas com ápice obtuso a arredondado; flores pediceladas; cálice 5-dentado; corola vinho 7. Stachytarpheta longispicata subsp. brevibracteata

    • 3’. Folhas com ápice agudo; flores sésseis; cálice 2-dentado; corola azul 8. Stachytarpheta sp.

      • 4. Folhas seríceas; inflorescências tetrásticas; brácteas dispostas em quatro fileiras 5. Lippia sericea

      • 4’. Folhas estrigosas, pubescentes ou tomentosas; inflorescências hemisféricas, globosas ou espiciformes; brácteas dispostas espiraladamente 5

        • 5. Folhas sésseis; corola amarela 6

        • 5’. Folhas pecioladas; corola lilás ou rósea 7

          • 6. Subarbustos dioicos de até 10 cm alt.; folhas oblanceoladas a obovadas, margem crenada do terço médio em direção ao ápice 3. Lippia nana

          • 6’. Subarbustos monoicos maiores que 30 cm alt.; folhas filiformes, margem inteira 1. Lippia filifolia

            • 7. Inflorescências globosas; brácteas ovadas, róseas 2. Lippia lupulina

            • 7’. Inflorescências espiciformes; brácteas lanceoladas, verdes 4. Lippia rotundifolia

1. Lippia filifolia Mart. & Schauer, Prodr. 11: 586. 1847Fig. 2a-b

Figura 2
a-b. Lippia filifolia; c-d. Lippia lupulina; e-f. Lippia na­­na; g-h. Lippia rotundifolia; i. Lippia sericea. Fotos: a-d. V.A.O. Dittrich; e-f. M. Mercadante; g-h. L. Pedrosa; i. P.H. Nobre.
Figure 2
a-b. Lippia filifolia; c-d. Lippia lupulina; e-f. Lippia nana; g-h. Lippia rotundifolia; i. Lippia sericea. Photos: a-d. V.A.O. Dittrich; e-f. M. Mercadante; g-h. L. Pedrosa; i. P.H. Nobre.

Subarbustos 0,3‒0,8 m alt., monoicos, ramos tetragonais, pubescentes, tricomas glandulares abundantes. Folhas opostas ou 3-verticiladas, sésseis, lâmina 2,2‒4 × 0,2‒0,4 cm, cartácea, filiforme, ápice agudo ou arredondado, margem inteira, base atenuada, face adaxial e abaxial esparsamente pubescentes, tricomas glandulares abundantes. Inflorescências 1,7‒2 × 1,7‒2,4 cm, hemisféricas, 1-axila, pedúnculo 1‒2 cm compr., pubescente, tricomas glandulares abundantes; brácteas 6‒7 mm compr., dispostas espiraladamente, membranáceas, largo-ovadas, verdes, pubescentes, tricomas glandulares abundantes; cálice 1,8‒2 mm compr., tubuloso, 4-dentado, verde, densamente hirsuto, tricomas glandulares abundantes; corola 0,9‒1,2 cm compr., zigomorfa, amarela, densamente pubescente externamente, tricomas glandulares presentes; estames 4, inseridos na metade do tubo da corola; ovário 0,5‒0,7 mm compr., 2-carpelar, 2-locular, lóculos 1-ovulados. Fruto esquizocarpo formado por 2 mericarpos, ca. 1,5 mm compr., superfície externa lisa.

Material examinado: São Roque de Minas, Cachoeira da Casca D’Anta, 17.VII.1995, fl. e fr., R. Romero et al. 2548 (CESJ, HUFU); Guarita de Sacramento, 14.VII.1995, fl., J.N. Nakajima et al. 1160 (CESJ, HUFU); trilha para a Cachoeira da Casca D’Anta, 22.XI.1995, fl., R. Romero et al. 3201 (CESJ, HUFU).

Lippia filifolia é caracterizada por apresentar folhas filiformes densamente cobertas por tricomas glandulares sésseis e corola amarela. É endêmica do Cerrado de Minas Gerais e Goiás (BFG 2018), com poucos registros em coleções de herbário. Distingue-se das demais espécies de Lippia do PNSC por apresentar folhas sésseis, filiformes, e brácteas largo-ovadas. É encontrada em campo limpo e campo rupestre. Coletada com flores em julho e novembro e com frutos no mês de julho.

2. Lippia lupulina Cham., Linnaea 7:222-233. 1832.Fig. 2c-d

Arbustos 0,3‒0,8 m alt., monoicos, ramos cilíndricos ou tetragonais, hirsutos, tricomas glandulares abundantes. Folhas opostas, pecioladas, lâmina 2,4‒7 ×1,8‒6,2 cm, coriácea, ovada ou orbicular, ápice arredondado ou obtuso, margem crenada ou serreada, base obtusa ou cordada, face adaxial e abaxial tomentosas, tricomas glandulares presentes. Inflorescências 1,6‒3 × 2‒3,8 cm, globosas, axilares ou terminais, pedúnculo 1,2‒4,3 cm compr., hirsuto, tricomas glandulares presentes; brácteas 1‒1,4 cm compr., dispostas espiraladamente, membranáceas, ovadas, róseas, externamente hirsutas, tricomas glandulares presentes; cálice 1,8‒2,1 mm compr., tubuloso, bilobado, verde, densamente hirsuto externamente, tricomas glandulares presentes; corola 7‒9 mm compr., zigomorfa, rósea ou lilás, fauce amarela, porção superior do tubo vilosa, tricomas glandulares presentes, porção inferior glabra; estames 4, inseridos na metade do tubo da corola; ovário ca. 0,7 mm compr., 2-carpelar, 2-locular, lóculos 1-ovulados. Fruto esquizocarpo formado por 2 mericarpos, ca. 2,5 mm compr., externamente liso.

Material examinado: Sacramento. Próximo à portaria de Sacramento, 1.VIII.1999, fl. F.N. Costa 106 (SPF). São Roque de Minas. 26.VII.2011, fl., J.R. Pirani 6398 (SPF); 18.VIII.2014, fl., E. Melo et al. 12910 (HUEFS); a 46 Km da Portaria de São Roque de Minas, 7.XI.2002, fl., A.F. Pontes et al. 533 (SPF); Cachoeira da Casca D’Anta, 12.V.1995, fl., J.N. Nakajima et al. 1051 (CESJ, HUFU); estrada para Sacramento, 2 km antes do Posto de Observação, 27.XI.1995, fl., R. Romero et al. 2914 (CESJ, HUFU); morro próximo à sede administrativa, 26.VI.1994, fl., R. Romero & J.N. Nakajima 1032 (HUFU); 15.VII.1995, fl., R. Romero et al. 2360 (CESJ, HUFU); morro próximo ao Córrego dos Passageiros, 28.IX.1995, R. Romero et al. 3010 (CESJ, HUFU); próximo a garagem de pedras, 18.X.1994, fl. e fr., R. Romero et al. 1353 (CESJ, HUFU); próximo à guarita de Sacramento, 19.VIII.1994, fl., J.N. Nakajima et al. 414 (CESJ, HUFU); próximo ao córrego da Fazenda, 20.XI.1995, fl. e fr., R. Romero et al. 3156 (CESJ, HUFU).

Lippia lupulina é caracterizada por apresentar inflorescências globosas, com brácteas ovadas, largas, róseas, venoso-reticuladas, maiores do que a corola. Ocorre na Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil, onde se estende pelos domínios da Amazônia, Cerrado e Floresta Atlântica (BFG 2018). Distingue-se das demais espécies de Lippia do PNSC por apresentar brácteas involucrais róseas e membranáceas. É encontrada em campo limpo e campo rupestre. Coletada com flores de maio a novembro e com frutos nos meses de outubro e novembro. Os indivíduos coletados logo após a passagem de fogo na área, apresentaram porte, folhas e inflorescências mais reduzidos.

3. Lippia nana Schauer, Prodr. 11: 582. 1847.

Fig. 2e-f

Subarbustos 5‒10 cm alt., dioicos, ramos cilíndricos, pubescentes, tricomas glandulares presentes. Folhas opostas, sésseis; lâmina 1,5‒6,4 × 0,5‒1,8 cm, cartácea, oblanceolada a obovada, base longo-atenuada, ápice agudo, margem inteira no terço inferior, crenada em direção ao ápice, face adaxial e abaxial estrigosa, tricomas glandulares presentes. Inflorescências 4‒8 × 6‒9 mm, hemisféricas, terminais, pedúnculo 2‒5 cm compr., viscoso; brácteas 3‒5 mm compr., dispostas espiraladamente, membranáceas, lanceoladas nas flores estaminadas, ovadas nas flores pistiladas, verdes, pubescentes ou hirsutas, tricomas glandulares abundantes; cálice ca. 2 mm compr., tubuloso, 4-dentado, verde, pubescente, tricomas glandulares presentes; corola ca. 5 mm compr., zigomorfa, amarela, pubescente externamente, tricomas glandulares presentes; estames 4, inseridos na metade do tubo da corola, pistilódio ca. 0,5 mm compr; ovário ca. 1,5 mm compr., 2-carpelar, 2-locular, lóculos 1-ovulados. Fruto esquizocarpo formado por 2 mericarpos, ca. 3 mm compr., superfície externa lisa.

Material examinado: Sacramento. 21.VIII.1994, fl., J.N. Nakajima et al. 433 (CESJ, HUFU); 18.X.1994, fl., R. Romero et al. 1363 (HUFU); 18.XI.2002, R.A. Pacheco et al. 269 (HUFU); próximo à guarita de sacramento, 19.VIII.1994, fl., J.N. Nakajima et al. 396 (CESJ, HUFU); estrada para Fazenda do Fundão, 23.VIII.1997, fl. e fr., R. Romero et al. 4554 (HUFU); estrada São Roque de Minas para Sacramento, 5 km da sede, 16.X.1994, fl. e fr., R. Romero et al. 1267 (CESJ, HUFU); morro após o Vale do São Francisco, córrego da fazenda, 26.IX.1995, fl., R. Romero et al. 2773 (CESJ, HUFU); próximo à garagem de pedras, 18.X.1994, fl. e fr., R. Romero et al. 1337 (CESJ, HUFU); 3 km da entrada, 18.XI.2002, fl., H.R. Fleury-Silva et al. 205 (HUFU).

Lippia nana é uma espécie dioica, caracterizada pelo hábito reduzido de até 10 cm alt., xilopódio desenvolvido, indumento viscoso, folhas oblanceoladas a obovadas com base longo-atenuada, margem inteira próximo a base, crenada em direção ao ápice e corola amarela. A diferença morfológica pela dioicia ocorre apenas nas estruturas reprodutivas. Indivíduos com inflorescências estaminadas possuem brácteas lanceoladas e corola com lobos mais desenvolvidos, enquanto aqueles com inflorescências pistiladas apresentam brácteas ovadas e corola com lobos pouco desenvolvidos. A espécie é endêmica dos Cerrados de Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás. No PNSC é encontrada em campo rupestre e campo limpo, com floração exclusivamente após a passagem do fogo. Coletada com flores em agosto, setembro, outubro, novembro e com frutos nos meses de agosto e outubro.

4. Lippia rotundifolia Cham., Linnaea 7:230. 1832.

Fig. 2g-h

Arbustos 0,5‒2 m alt., monoicos, ramos tetragonais, velutino-tomentosos, tricomas glandulares presentes. Folhas opostas ou 3-verticiladas, pecioladas, lâmina 2‒3,2 ×1,7‒2,8 cm, coriácea, ovada ou orbicular, ápice arredondando ou obtuso, margem crenada, base obtusa, face adaxial estrigosa, tricomas glandulares presentes, face abaxial tomentosa, tricomas glandulares presentes. Inflorescências 1,7‒4,6 ×1,2‒1,5 cm, espiciformes, terminais, pedúnculo 0,5‒1,3 cm compr., densamente hirsuto, tricomas glandulares presentes; brácteas 0,6‒1 cm compr., dispostas espiraladamente, membranáceas, lanceoladas, verdes, densamente hirsutas, tricomas glandulares abundantes; cálice 1,6‒2 mm compr., tubuloso, 4-dentado, verde, densamente hirsuto, tricomas glandulares presentes; corola 7‒9,5 mm compr., zigomorfa, lilás, fauce amarela, densamente hirsuta externamente, tricomas glandulares presentes; estames 4, inseridos na metade do tubo da corola; ovário 1,5 mm compr., 2-carpelar, 2-locular, lóculos 1-ovulados. Fruto esquizocarpo formado por 2 mericarpos, ca. 1,7 mm compr., superfície externa lisa.

Material examinado: São Roque de Minas. 7.VII.1999, fl. e fr., M.A. Farinaccio 337 (SPF); estrada para a Cachoeira dos Rolinhos, 26.IX.1995, fl., R. Romeroet al. 2850 (CESJ, HUFU); estrada para a Cachoeira dos Rolinhos, 26.IX.1995, fl. e fr., R. Romero et al. 2852 (CESJ, HUFU); trilha para parte de baixo da Cachoeira da Casca D’Anta, 29.IX.1995, fl., J.N. Nakajima et al. 1411 (CESJ, HUFU).

Lippia rotundifolia é uma espécie fortemente aromática e caracteriza-se por apresentar folhas ovadas a orbiculares, maiores que 2 cm compr. e inflorescências congestas, com centenas de flores no corimbo, conferindo-lhe um aspecto ornamental. É endêmica do Brasil, com registros para a Bahia, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, nos domínios da Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica (BFG 2018; Cardoso et al. 2019). No PNSC pode ser reconhecida por apresentar ramos velutino-tomentosos e inflorescências congestas com brácteas, cálice e corola densamente hirsuto-glandulosos, sendo encontrada somente em áreas de campo rupestre. Coletada com flores e frutos em julho e setembro.

5. Lippia sericea Cham., Linnaea 7: 228. 1832.

Fig. 2i, 3a

Subarbustos 0,5‒1 m alt., ramos tetragonais, seríceos, canescentes, tricomas glandulares presentes. Folhas opostas ou 3-verticiladas, pecioladas, lâmina 1,2‒2 × 0,5‒1,1 cm, coriácea, elíptica, ápice agudo, margem crenada,inteira próximo ao pecíolo, base cuneada, face adaxial e abaxial seríceas, tricomas glandulares presentes. Inflorescências 0,8‒1 × 0,5 cm, tetrásticas, 2‒3 por axila, pedúnculo 4‒6 mm compr., seríceo; brácteas 4‒6 mm compr., dispostas em quatro fileiras, membranáceas, ovadas, verdes, seríceas, tricomas glandulares abundantes; cálice 1,7‒2 mm compr., tubuloso, 4-dentado, verde, seríceo-canescente, tricomas glandulares abundantes; corola 6‒7 mm compr., zigomorfa, amarela, pubescente externamente; estames 4, inseridos no terço superior do tubo da corola; ovário ca. 0,5 mm compr., 2-carpelar, 2-locular, lóculos 1-ovulados. Fruto esquizocarpo formado por 2 mericarpos, ca. 2 mm compr., superfície externa lisa.

Material examinado: Sacramento. Guarita de Sacramento, 9.V.1995, fl. R. Romero et al. 2128 (CESJ, HUFU). São Roque de Minas. 13.VII.1997, fl. e fr., J.A. Lombardi 1839 (BHCB); 14.IV.2017, fl., F.R.G. Salimena & P.H. Nobre 3990 (CESJ); estrada para o Chapadão do Diamante, 11.V.1995, fl. e fr., R. Romero et al.2196 (CESJ, HUFU); estrada para Sacramento, 19.IV.1994, fl., J.N. Nakajima et al. 306 (CESJ, HUFU).

Lippia sericea é caracterizada por apresentar ramos seríceos, canescentes, folhas elípticas, inflorescências tetrásticas, 2‒3 por axila, brácteas dispostas em quatro fileiras e corola amarela. Os tricomas glandulares desta espécie são de difícil visualização, pois ficam encobertos pela camada densa de tricomas tectores. É endêmica do Brasil, com distribuição no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais (BFG 2018). No PNSC é encontrada em borda de cerrado, campo sujo e campo limpo. Coletada com flores e frutos em abril, maio e julho.

6. Petrea volubilis L., Sp. Pl. 2: 626. 1753.

Fig. 3b

Lianas, monoicas, ramos cilíndricos, glabrescentes a pubérulos. Folhas opostas, pecioladas, lâmina 7,4‒10,2 × 2,5‒4 cm, cartácea, oblongo-elíptica, ápice agudo ou obtuso, mucronado, margem inteira próximo a base, serreada em direção ao ápice, base cuneada, face adaxial glabra, face abaxial glabra, pubérula ao longo da nervura principal. Inflorescências 8‒15 cm compr., axilares ou terminais, solitárias, raque pubérula; flores pediceladas; brácteas ca. 5 mm compr., membranáceas, lanceoladas, verdes, pubescentes, caducas; cálice 2,2‒2,5 cm compr., superando a corola, petaloide, conato na base, pubescente, tricomas glandulares pedicelados presentes, 5-laciniado, lobos oblongos, lilás, pubérulos; corola 7‒8 mm compr.,5-lobada, zigomorfa, lilás, externamente pubérula, fauce pubescente, caduca, estames 4, didínamos, inclusos, inseridos na metade superior do tubo da corola, ovário ca. 2 mm compr.,1-carpelar, 2-locular, lóculos 1-ovulados. Fruto drupa, formado por 2 mericarpos, superfície externa rugosa.

Material examinado: São Roque de Minas. Vale dos Cândidos, 16.X.1997, fl. e fr., R. Romero et al. 4715 (CESJ).

Petrea volubilis caracteriza-se por apresentar hábito lianescente, folhas oblongo-elípticas com ápice mucronado, face adaxial glabra e cálice lilás, profundamente lobado, maior do que a corola. O cálice petaloide maior do que a corola, rígido na base, desempenha importante papel na proteção do ovário e na dispersão do fruto (Rueda 1994). É a espécie do gênero com a maior distribuição, encontrada no México, América Central e América do Sul (Rueda 1994), com registros em diversos estados do Brasil (BFG 2018). No PNSC ocorre em borda de mata de galeria. Coletada com flores e frutos no mês de outubro.

7. Stachytarpheta longispicata subsp. brevibracteata (Moldenke) S. Atkins, Kew Bulletin 60: 231. 2005.Fig. 3c-e

Figura 3
a. Lippia sericea; b. Petrea volubilis; c-e. Stachytarpheta longispicata subsp. brevibracteata; f. Stachytarpheta sp. Fotos: a-c-e. P.H. Nobre; b. M. Mercadante; f. J. Nakajima.
Figure 3
a. Lippia sericea; b. Petrea volubilis; c-e. Stachytarpheta longispicata subsp. brevibracteata; f. Stachytarpheta sp. Photos: a-c-e. P.H. Nobre; b. M. Mercadante; f. J. Nakajima.

Subarbustos 0,8‒1,5 m alt., monoicos, ramos cilíndricos, tomentosos. Folhas opostas, pecioladas, lâmina 1,4‒4,2 × 1,2‒3,2 cm, cartácea, ovada a orbicular, ápice obtuso a arredondado, margem inteira próximo a base, crenada em direção ao ápice, base atenuada, decorrente no pecíolo, face adaxial densamente estrigosa a pubescente, face abaxial tomentosa. Inflorescências 6‒12 × 1,7‒2,5 cm, cilíndricas, terminais; flores pediceladas; brácteas 3‒4 mm compr., membranáceas, lanceoladas, verdes, pubescentes a tomentosas, cálice 1,1‒2 cm compr., tubuloso, 5-dentado, verde, tomentoso; corola 2‒2,2 cm compr., 5-lobada, zigomorfa, vinho, glabra a pubérula, tricomas glandulares presentes; 2 estames férteis, 2 estaminódios, inseridos na metade do tubo da corola; ovário ca. 2 mm compr., 2-carpelar, carpelo 2-locular, lóculos 1-ovulado. Fruto esquizocarpo, formado por 2 mericarpos, ca. 7 mm compr., superfície externa reticulada.

Material examinado: São Roque de Minas. 21.III.1998, fl., P.T. Sano et al. 963 (SPF); estrada da Serra das Sete Voltas, 19.III.1995, fl., R. Romero et al. 2026 (CESJ, HUFU); estrada para a Serra das Sete Voltas, 19.III.1995, fl., R. Romero et al. 2026 (CESJ, HUFU); estrada para o Vale dos Cândidos, 22.VIII. 1997, fl., J.N. Nakajima et al. 2709 (CESJ, HUFU); estrada São Roque para Sacramento a 2 km da portaria Sacramento, 14.IV.2017, fl. e fr., F.R.G. Salimena & P.H. Nobre 3989 (CESJ); estrada São Roque - Sacramento km 60, 22.II.1997, fl. e fr., J.N. Nakajima et al. 2265 (CESJ, HUFU); guarita de Sacramento, 29.VI.1994, fl., R. Romero & J.N. Nakajima 1086 (CESJ, HUFU); 9.V.1995, fl. e fr., R. Romero et al. 2127 (CESJ, HUFU); 14.VII.1995, fl. e fr., J.N. Nakajima et al. 1180 (CESJ, HUFU); 24.IX.1995, fl. e fr., R. Romero etal. 2708 (CESJ, HUFU); 15.IV.1997, fl. e fr., J.N. Nakajima et al. 2304 (CESJ. HUFU); 17.X.1997, fl., J.N. Nakajima et al. 2883 (CESJ, HUFU); 11.I.1998, fl. e fr., R. Romero et al. 4991 (CESJ, HUFU);18.XI.2002, fl., H.R. Fleury-Silva et al. 186 (CESJ, HUFU); próximo do Morro da Guarita 1, 23.II.1994, fl. e fr., J.N. Nakajima & R. Romero 180 (CESJ, HUFU); 3 km da Guarita de Sacramento, 19.VIII.1997, fl. e fr., R. Romero et al. 4418 (CESJ, HUFU); 5 km da Guarita de Sacramento, 19.III.1995, fl., R. Romero et al. 2035 (CESJ, HUFU); próximo a nascente do Rio das Velhas, 22.XI.1996, fl. e fr., R. Romero & J.N. Nakajima 3818 (CESJ, HUFU).

Stachytarpheta longispicata subsp. brevibracteata caracteriza-se por apresentar ramos tomentosos, folhas ovadas a orbiculares, inflorescência laxa, brácteas inconspícuas, cálice tomentoso e corola vinho. Pode ser facilmente distinta das espécies de Stachytarpheta por apresentar flores pediceladas (Atkins 2005). É endêmica do Cerrado de Minas Gerais e São Paulo (BFG 2018), sendo frequente no PNSC, encontrada em campo rupestre, campo limpo e campo sujo. Coletada com flores todos os meses do ano, exceto junho, e com frutos em janeiro, fevereiro, abril, maio, julho, agosto e novembro.

8. Stachytarpheta sp. Fig. 3f

Subarbustos 1‒1,5 m alt., monoicos, ramos cilíndricos, pubescentes. Folhas opostas, pecioladas, lâmina 1,4‒2 × 0,7‒1,4 cm, cartácea, elíptica, ovada a obovada, ápice agudo, margem inteira próximo a base, crenada em direção ao ápice, base atenuada, decorrente no pecíolo, face adaxial pubescente, face abaxial tomentosa. Inflorescências 3,2-4,3 × 0,7-1 cm, cilíndricas, terminal; flores sésseis; brácteas 0,7‒1 cm compr., membranáceas, lanceoladas, verdes, pubescentes; cálice 1,5‒1,6 cm compr., tubuloso, 2-dentado, verde, pubescente; corola 2,3‒3 cm compr., 5-lobada, zigomorfa, azul, tricomas glandulares presentes externamente, 2 estames férteis, 2 estaminódios, inseridos na metade do tubo da corola; ovário ca. 2 mm compr., 2-carpelar, carpelo 2-locular, lóculos 1-ovulado. Fruto esquizocarpo, formado por 2 mericarpos, 5-6 mm compr., superfície externa reticulada.

Material examinado: São Roque de Minas. Cachoeira dos Rolinhos, 21.III.1996, fl. e fr., J.N. Nakajima & R. Romero 1663 (CESJ, HUFU); Chapadão do Diamante, 18.IV.1997, fl., J.N. Nakajima et al. 2343 (CESJ, HUFU); Chapadão do Diamante, 29.VI.1997, fl., R. Romero et al. 4348 (CESJ, HUFU); Paredão da Cachoeira dos Rolinhos, 26.V.1996, fl., J.N. Nakajima & R. Romero 1768 (CESJ, HUFU).

Stachytarpheta sp. é distinta por apresentar ramos pubescentes, lâmina foliar diminuta de até 2 cm compr., ápice agudo, base atenuada, cálice 2-dentado e corola azul escura de 2,3-3 cm compr. Pode ser incluída no grupo informal “Sellowiana” proposto por Atkins (2005), que inclui representantes com ramos e folhas pilosos, inflorescências menores que 10 cm compr., 4-6 flores por nó, brácteas lanceoladas, cálice bilobado não embebido na escavação da raque, corola maior que 1,5 cm compr. e estames inseridos na porção mediana do tubo, embora apresente caracteres exclusivos. A correta identificação deste táxon demanda uma avaliação mais cuidadosa, na busca de outras coleções, podendo tratar-se de uma espécie inédita, aparentemente endêmica da área de estudo. No PNSC ocorre em campo rupestre e campo limpo restrita à região do Chapadão do Diamante e Cachoeira dos Rolinhos, áreas que no momento estão fechadas à visitação pública. Coletada com flores em março, abril, maio e junho e com frutos em março.

Agradecimentos

Os autores agradecem a Luciano Pedrosa, Maurício Mercadante, Dr. Vinícius Antônio de Oliveira Dittrich, Dr. Pedro Henrique Nobre e Dr. Jimi Nakajima, a cessão das fotografias e em especial à curadoria do Herbário HUFU, o envio da coleção de Verbenaceae da Serra da Canastra para os estudos. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a concessão de bolsa de Mestrado ao primeiro autor.

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Editado por

Editor de área: Dr. Pedro Viana

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  17 Abr 2020
• Data do Fascículo
  2020

Histórico

• Recebido
  30 Out 2018
• Aceito
  18 Fev 2019