Resumo
As florestas tropicais constituem um dos mais importantes ecossistemas mundiais e a perda da diversidade biológica é uma das grandes preocupações. Para avaliar a influência do tamanho, grau de perturbação e isolamento dos remanescentes florestais na composição e diversidade do estrato arbóreo, nós estudamos sete remanescentes florestais situados na costa do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil, três de tamanho médio (24-63 ha) e quatro pequenos (5-11 ha). Um total de 443 espécies em 60 famílias e 185 gêneros foi registrado, sendo Myrtaceae, Lauraceae e Fabaceae as famílias mais ricas em espécies. Os resultados mostraram áreas de alta diversidade α (α= 34.86-75.69) e um declínio ligeiramente maior de similaridade com a distância entre as áreas estudadas. O tamanho do remanescente não explicou a variação na composição de espécies e nós encontramos correlação entre o nível de perturbação e a composição florística. Os remanescentes apresentaram baixa similaridade florística, fortemente influenciada pelo grau de perturbação. A relação entre riqueza de espécies e tamanho da área e isolamento não foi significativa. Os resultados sugerem que a perturbação influencia, de forma considerável, a composição e diversidade e confirma a importância da inclusão de remanescentes de tamanho médio e pequeno para a conservação da diversidade de florestas tropicais.
Palavras-chave:
planície costeira; biodiversidade; remanescentes florestais; floresta tropical.