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Protocolo para germinação assimbiótica e desenvolvimento inicial de protocormos de orquídeas nativas do Cerrado brasileiro

Protocol for asymbiotic germination and initial protocorm development of Brazilian Cerrado native orchids

Resumo

Devido ao extrativismo, Orchidaceae apresenta elevada vulnerabilidade, necessitando de medidas para a conservação de suas espécies. Assim, objetivou-se determinar um protocolo para germinação e estabelecimento inicial de Cattleya nobilior, Cattleya lundii e Brassavola tuberculata quanto à desinfestação de sementes e a utilização de meios de cultura. Sementes foram desinfestadas em solução de NaClO a 0,8%, por 5 min ou 15 min, recebendo ou não tríplice lavagem. Em seguida, foram semeadas nos meios MS, MS 1/2, K ou VW. Posteriormente, foram transferidas para sala de crescimento com temperatura e fotoperíodo controlados. A porcentagem de germinação e o estabelecimento inicial das espécies estudadas foram avaliados 45 dias após a semeadura. Para todas as espécies, as sementes desinfestadas por 5 min e submetidas à tríplice lavagem apresentaram maiores %G. Dessa forma, recomenda-se para a germinação in vitro e desenvolvimento inicial de protocormos das espécies C. nobilior e B. tuberculata, a utilização do tempo de desinfestação de 5 min, seguido da tríplice lavagem e semeadura em meio MS 1/2 (%G = 100 e 72,8%, propágulos em estágios 3 e 2, respectivamente). Para C. lundii, a semeadura deve ser realizada em meio KC, com a desinfestação por 5 min e tríplice lavagem das sementes (%G = 95,8% e propágulos em estágio 2).

Palavras-chave:
agente desinfestante; conservação da biodiversidade; espécies nativas; meios de cultura; Orchidaceae

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